Polícia desarticula organização criminosa que aplicava o golpe do bilhete premiado

Polícia desarticula organização criminosa que aplicava o golpe do bilhete premiado

Policiais militares cumprem 43 mandados de busca e apreensão em Passo Fundo, Caxias do Sul e Farroupilha

Felipe Samuel

Em Passo Fundo, onde funcionava o núcleo da organização criminosa, os policias cumpriram nove prisões preventivas

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Um esquema criminoso que aplicava o golpe do bilhete premiado em vários estados brasileiros foi desarticulado neste domingo pela Polícia Civil. No Rio Grande do Sul, durante a Operação Illusio, os policiais cumprem 43 mandados de busca e apreensão em três cidades: Passo Fundo, Caxias do Sul e Farroupilha. A operação coordenada pela delegada Luciane Bertoletti, da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Canoas, cumpre 9 prisões preventivas e 21 temporárias. Até o momento, 23 indíviduos foram presos. O restante segue foragido. 

Conforme Luciane, o esquema causou prejuízo total de R$ 1 milhão e lesou pelo menos 21 vítimas em outros três estados - Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo -, além do RS. Em Passo Fundo, onde funcionava o núcleo da organização criminosa, os policias cumpriram nove prisões preventivas. “Houve apreensão de bastante material, como notebooks, cartões bancários, bilhetes usados no golpe e um veículo”, explica. Os policiais encontraram quantia de maconha e cocaína com os suspeitos. Ao todo, 18 pessoas foram presas no RS.

Luciane explica que desde 2021 a polícia investiga o esquema de estelionato e associação criminosa. “Muitos deles têm antecedentes criminais pelo crime do bilhete. E outros tem antecedentes por crimes mais graves como roubo”, afirma. No Estado, os criminosos optavam por praticar o golpe do bilhete durante a semana em municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. Pelo menos três pessoas participavam do enredo do esquema, que consistia basicamente na abordagem de vítimas idosas.

“Um dos criminosos se passava por uma pessoa humilde, do interior, pedindo informações às vítimas”, ressalta. Em regra, a vítima é abordada por um golpista que se faz passar por uma pessoa humilde e que teria um bilhete premiado em mãos. Após a abordagem inicial, entram em cena os demais golpistas que confirmam a premiação e convencem a vítima a transferir valores, a título de garantia para o recebimento de parte do prêmio.

“Eles cometiam os crimes bem longe dos locais onde residem durante a semana. Por isso a operação foi realizada no fim de semana”, ressalta. De acordo com Luciane, o esquema atraía atenção de pessoas de outros estados, que teriam participado de encontros em Passo Fundo para aprender o funcionamento do esquema de estelionato com a organização criminosa.


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