Polícia descarta legítima defesa após espancamento de morador de rua em Porto Alegre

Polícia descarta legítima defesa após espancamento de morador de rua em Porto Alegre

Homem alega ter sido assaltado, mas foi preso suspeito da agressão

Lucas Rivas / Rádio Guaíba

Imagens da Central de Operações da Guarda Municipal (COGM)

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A Polícia Civil prendeu em flagrante o homem que teria espancado até a morte um morador de rua com um grupo de amigos, na madrugada desta segunda-feira em frente ao Mercado Público, no Centro de Porto Alegre. A corporação entende que não houve legítima defesa - o jovem alega que foi atacado pelo mendigo. Ele foi autuado por participação no homicídio e levado ao Presídio Central.
 
Responsável pela investigação sobre o caso, o titular da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Filipe Bringhenti, reafirmou a posição tomada pelo policial de plantão durante a detenção. “Ele foi preso por ser um dos coautores desse delito de homicídio. Ainda que ele tivesse sido assaltado, isso não justifica a conduta dele que, de forma absolutamente cruel, agrediu até a morte a vítima com mais quatro pessoas”, esclareceu.

Em depoimento, um vigia confirmou que o suspeito gritou por socorro. Após a tentativa de roubo, um grupo de quatro ou cinco pessoas chutou e deu diversos socos em Wolney Ciro de Souza Salgueiro, de 47 anos. Uma delas ainda atirou uma pedra de basalto na cabeça da vítima. No entanto, mesmo que funcionários do Mercado Público tenham dito que a vítima era um morador de rua, a investigação espera confirmar se ele era assaltante ou usuário de drogas da região.

A Polícia Civil ainda espera identificar os demais agressores que foram flagrados pelas câmeras de segurança da Guarda Municipal. As imagens foram divulgadas na imprensa. A análise da necropsia também é aguardada pela investigação para conclusão do inquérito.

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