Polícia deve indiciar envolvidos em tentativa de chacina por homicídio qualificado

Polícia deve indiciar envolvidos em tentativa de chacina por homicídio qualificado

Crime contra casal e filho de Três Coroas teria sido premeditado pela filha de 17 anos

Correio do Povo

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O delegado Ivanir Caliari, que responde pela delegacia de Três Coroas, no Vale do Paranhana, deve indiciar por homicídio qualificado pelo cometimento à traição os quatro envolvidos na tentativa de chacina de uma família na madrugada de quinta-feira passada, na localidade de Linha Café, no interior do município. As vítimas, um casal e um filho, foram atacadas dentro da residência, mas lutaram para não serem mortas. O crime teria sido planejado e cometido pela filha do casal, 17 anos, com o namorado, de 37 anos, o ex-namorado de 15 anos e um jovem de 21 anos. Todos estão presos.

Os policiais civis investigam a hipótese de que o plano de execução da família foi motivado pelo fato da rejeição que as vítimas tinham ao relacionamento amoroso da garota com um dos três agressores. “Os pais dela não queriam o namoro”, resumiu o delegado. Ivanir Caliari contou que o crime foi premeditado, tendo a garota se apossado das chaves dos quartos dos pais e do irmão e deixado a chave da porta de entrada em um local combinado para facilitar o ingresso do trio. Conforme investigação, enquanto a família era atacada, a jovem permaneceu em um galpão. No entanto, o plano de assassinato, com o uso de martelo, machado e faca, não deu certo. Eles não esperavam uma resistência por parte das vítimas. “O pai salvou a vida do filho”, ressaltou o delegado, acrescentando que o rapaz sobreviveu aos ataques mas teve uma perna amputada em decorrência do agravamento dos ferimentos sofridos. Ivanir Caliari destacou “a bravura das vítimas” em resistir às agressões.

As desconfianças sobre a jovem, que estava ilesa, foram reforçadas com a identificação dos agressores, envolvidos com a adolescente e por serem conhecidos das vítimas. A chave da porta de entrada no lado de fora da fechadura indicava que não havia ocorrido qualquer arrombamento. Ivanir aguarda os laudos periciais do Departamento de Criminalística e Departamento Médico Legal.

Segundo o delegado, a filha não aparenta arrependimento. No inquérito já foram ouvidos familiares das vítimas e dos agressores, além de vizinhos.

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