Polícia do Rio cumpre 13 mandados contra Black Bloc
Foram recolhidos laptops, máscaras, CPUs, CDs e pendrives
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Segundo o diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), Fernando Reis, todos os investigados teriam participado de atos de vandalismo no feriado da Independência. Pelo menos seis deles já estiveram na delegacia para prestar os primeiros esclarecimentos, sendo liberados em seguida. Eles teriam participado também de grupos de discussão e páginas do Facebook do movimento Black Bloc.
A polícia ainda precisa de autorização judicial para acessar ao conteúdo dos materiais de informática apreendidos, que deverá ser solicitada ao longo desta sexta-feira.
Segundo o delegado Reis, eles podem ser enquadrados na Lei de Organização Criminosa - com pena que vai de três a oito anos de prisão. "Sem dúvida podem (ser indiciados por organização criminosa). Na verdade, o que se quer é estabelecer o papel de cada um na verdadeira coreografia de vandalismo que a gente tem identificado aí", afirmou.
Reis disse ainda que a principal tarefa da polícia na investigação, que está sob segredo de justiça, é definir se há alguma hierarquia ou participação diferenciada na organização dos Black Blocs que levaram à depredação.
Advogados do Instituto de Defensores dos Direitos Humanos (IDDH), organização não-governamental que oferece auxílio jurídico a manifestantes, acompanharam os depoentes na sede da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Eles se limitaram a dizer que os investigados foram surpreendidos e que a apuração policial está em estágio inicial, sem a responsabilização de qualquer deles até o momento.