Polícia do Rio pede prorrogação da prisão de ativistas

Polícia do Rio pede prorrogação da prisão de ativistas

Pedido não inclui os 12 ativistas que foram liberados por meio do habeas corpus

Agência Brasil

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro pediu nesta quarta a extensão da prisão temporária (válida por cinco dias) de 16 investigados por participação em atos violentos em manifestações. O pedido não incluiu os 12 ativistas autorizados nessa terça a serem liberados pela Justiça, por meio habeas corpus. No sábado a Operação Firewall prendeu a ativista Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, em Porto Alegre, e mais 18 pessoas e apreendeu dois adolescentes. Ao todo, 26 prisões foram decretadas pela 27ª Vara Criminal. Nove pessoas estão foragidas.

O alvará de soltura dos 12 ativistas está no Cartório da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e a expectativa dos advogados é que os ativistas deixem o sistema penitenciário hoje. Entre eles, a advogada Eloysa Samy Santiago, assistida pela Ordem do Advogados do Brasil (OAB), e a radialista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Joseane Freitas, defendida pelo Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro.

A advogada do Instituto Defensores de Direitos Humanos (DDH), Raphaela Lopes, que conseguiu a liberação de três ativistas, aponta duas irregularidas nos processo: a decretação de prisão temporária para prevenir um “fato futuro”, o que deveria ser feito pela prisão preventiva, e a ausência de indícios que justificassem a prisão. “Não há um detalhamento do porquê, do envolvimento dos ativistas em supostos atos ilegais”.

O instituto, que também defende um dos adolescentes apreendidos, encaminhará ainda hoje um pedido de extensão dos efeitos dohabeas corpus do 12 ativistas para o jovem ainda hoje. Anteriormente, a entidade ingressou com pedido de liberdade assistida.

Segundo o instituto, além dos adolescentes, permanecem presos a professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Camila Jourdan; e os ativistas Tiago Teixeira da Rocha, Eduarda Oliveira de Castro, Igor Pereira D'Icarahy e Sininho.

A Polícia Civil informou, em nota, que nem todas as informações acerca do inquérito podem ser divulgadas devido ao segredo de Justiça. A nota diz que o inquérito foi aberto para apurar atos violentos em protestos em setembro do ano passado e que as investigações ainda não foram concluídas. Os detidos são acusados de associação criminosa.


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