Polícia faz buscas a carros usados na fuga após roubo a joalheria em Porto Alegre
Veículo da funcionária da loja, mantida refém, também foi levado pela quadrilha
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O titular da Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Juliano Ferreira, aguarda os laudos do Departamento de Criminalística que realizou perícia na loja e na casa da vítima, na tentativa de encontrar e identificar impressões digitais dos criminosos - seriam cinco homens e três mulheres. A equipe de investigação também examina imagens das câmeras de segurança do shopping e no entorno, como de um posto de combustível onde um dos carros teria passado, que possam identificar os ladrões. O local do cativeiro do casal também está sendo procurado.
Outra questão levantada trata sobre a receptação das joias e objetos roubados pelo bando. Conforme o delegado Juliano Ferreira, depois de reconhecer quem são os autores do crime, a Polícia Civil vai apurar a possibilidade de haver um receptador do material. “Precisamos fazer primeiro a perícia, achar os carros e concluir a identidade dos bandidos, para depois analisar a relação com algum receptador”, disse em entrevista ao programa Balanço Geral da TV Record. “Lá em São Paulo existe a figura do receptador especializado em joias. Aqui no Rio Grande do Sul não, essas joias roubadas em assaltos normalmente são encaminhadas para o Centro de Porto Alegre. Com esse crescimento de assalto a joalheria, eu acredito que podemos estar vivendo algo parecida com a realidade que São Paulo sofre, mas ainda é cedo para afirmar”, exemplificou.
O tumulto provocado pela quadrilha, que deixou uma falsa bomba dentro da joalheria, pode igualmente servir como pista sobre o perfil dos assaltantes. As características físicas dos mesmos, repassadas pelas vítimas e testemunhas, estão sendo conferidas com o banco de dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado.
Para o diretor do Deic, delegado Guilherme Wondracek, o fato dos criminosos que estiveram no shopping, incluindo uma mulher, não se preocuparem em esconder os rostos, como óculos escuros e bonés, chamou a atenção. “Não é comum”, admitiu, acrescentando que talvez os criminosos “não tenham nada a perder”. Ele confirmou que toda o assalto foi “bem planejado”.