Polícia faz buscas a homem envolvido na morte de delegado do Paraná

Cerca de 200 policias civis e militares do Paraná e de Santa Catarina realizam nesta sexta-feira uma operação de guerra em busca do último criminoso envolvido no assassinato do delegado de Pontal do Paraná (PR), José Antônio Zuba de Oliva, e do servidor público Adilson da Silva, ocorrido na última terça-feira. Dois helicópteros, dos governos catarinense e paranaense, participam da ofensiva que prossegue durante o dia de hoje. Todos os acessos à região de Pirabeiraba, distrito de Joinville (C), Santa Catarina, estão bloqueados e veículos estão sendo revistados.

Cães farejadores procuram o suspeito, de apelido "Tutancamon”, pela mata da região, onde ocorreu na manhã de quinta-feira um confronto que resultou na morte de dois dos três bandidos que fugiam de perseguição no Paraná, conhecidos como Gauchinho e Tex. Uma refém dos criminosos ficou gravemente ferida ao ser baleada em meio ao tiroteio do trio com os policiais. “Há uma equipe fazendo busca pelos rios, com apoio dos helicópteros, que fazem voos rasantes na busca pelo foragido”, disse o delegado-chefe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil do PR, Hamilton Cordeiro da Paz. “Sabemos, também, que ele está fortemente armado, de posse de um fuzil, pelos carregadores que encontramos na sacola abandonada pelo suspeito”, acrescentou.

Para auxiliar na procura, um grupo da Polícia Federal cedeu aparelhos de visão termal, que detectam os níveis de calor no ambiente. “Com isso, é mais fácil localizar uma pessoa em meio às folhagens”, explica o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e responsável pelas investigações.

Todos os criminosos seriam da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, integrantes da facção criminosa conhecida como Amigos dos Amigos (ADA), a mesma que invadiu no domingo passado o Hotel Intercontinental, em São Conrado (RJ). Os três e mais um cúmplice, que foi preso ainda no Paraná, planejavam uma série de assaltos quando foram surpreendidos pelo delegado Zuba e sua equipe na manhã de terça-feira em um camping no balneário de Pontal do Paraná. O delegado acabou sendo baleado e morto, juntamente com o servidor municipal cedido à delegacia.