Polícia faz operação em 13 cidades contra abigeato no Rio Grande do Sul

Polícia faz operação em 13 cidades contra abigeato no Rio Grande do Sul

Em alguns casos, a carne era repassada por 20% do valor de mercado

Rádio Guaíba

Ao todo, 17 mandados de prisões preventivas estão sendo cumpridos

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Agentes da Polícia Civil deflagraram na manhã desta quarta-feira a operação Cooptare, para combater uma quadrilha envolvida no furto de bovinos em fazendas do Rio Grande do Sul. Serão cumpridos 48 ordens judiciais, sendo 17 mandados de prisão preventiva, além de ações de busca e apreensão de caminhões e carros utilizados pela quadrilha para o transporte da carne.

De acordo com a investigação, a organização criminosa também atuava no ramo do estelionato, já que comprava animais pagando os criadores com cheques sem fundo. A operação foi denominada de Cooptare porque alguns membros da quadrilha aliciavam empregados de fazenda para roubarem os animais e revenderem a receptadores por preços irrisórios. Em alguns casos, a carne era repassada por 20% do valor de venda.

“É o maior grupo organizado para fins, principalmente, de cometer o furto abegeato nas propriedades rurais do Rio Grande do Sul. (…) A estrutura deles era não só em logística para que tudo acontecesse, mas pessoas com conhecimento da lida do campo para fazer o arremate, o carregamento, o transporte e abater os animais”, revelou o chefe de polícia, Emerson Wendt.


A ação foi deflagrada pela Força-Tarefa de Combate ao Abigeato, coordenada pelo delegado Adriano Linhares. As ações acontecem em Santa Maria, Canoas, Camaquã, Progresso, Venâncio Aires, Quaraí, Santana do Livramento, Júlio de Castilhos, Paraí, Bom Retiro do Sul, Arroio dos Ratos, Palmeira das Missões e Dom Pedrito.

“A organização atuava em várias modalidades. Dentre elas, uma das principais, era o furto de animais vivos. Chegavam com um caminhão na propriedade, carregavam os animais, levavam para um abatedouro e depois comercializavam. Outra modalidade, que gerou o nome da operação, eles aliciavam os empregados das fazendas e, por isso, o número de animais subtraídos foi muito alto. Em Livramento, um proprietário tomou conhecimento através da investigação. Cerca de 200 reses foram levadas dessa vítima, que não sabia do fato”, revelou o delegado Linhares.

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