Polícia faz operação em 13 cidades contra abigeato no Rio Grande do Sul
Em alguns casos, a carne era repassada por 20% do valor de mercado
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De acordo com a investigação, a organização criminosa também atuava no ramo do estelionato, já que comprava animais pagando os criadores com cheques sem fundo. A operação foi denominada de Cooptare porque alguns membros da quadrilha aliciavam empregados de fazenda para roubarem os animais e revenderem a receptadores por preços irrisórios. Em alguns casos, a carne era repassada por 20% do valor de venda.
“É o maior grupo organizado para fins, principalmente, de cometer o furto abegeato nas propriedades rurais do Rio Grande do Sul. (…) A estrutura deles era não só em logística para que tudo acontecesse, mas pessoas com conhecimento da lida do campo para fazer o arremate, o carregamento, o transporte e abater os animais”, revelou o chefe de polícia, Emerson Wendt.
#OpCooptare estão sendo cumpridos 48 ordens judiciais em 13 cidades do Estado #FTAbigeato pic.twitter.com/l0tTwoEhVV — Polícia Civil do RS (@policiacivilrs) 14 de junho de 2017
A ação foi deflagrada pela Força-Tarefa de Combate ao Abigeato, coordenada pelo delegado Adriano Linhares. As ações acontecem em Santa Maria, Canoas, Camaquã, Progresso, Venâncio Aires, Quaraí, Santana do Livramento, Júlio de Castilhos, Paraí, Bom Retiro do Sul, Arroio dos Ratos, Palmeira das Missões e Dom Pedrito.
“A organização atuava em várias modalidades. Dentre elas, uma das principais, era o furto de animais vivos. Chegavam com um caminhão na propriedade, carregavam os animais, levavam para um abatedouro e depois comercializavam. Outra modalidade, que gerou o nome da operação, eles aliciavam os empregados das fazendas e, por isso, o número de animais subtraídos foi muito alto. Em Livramento, um proprietário tomou conhecimento através da investigação. Cerca de 200 reses foram levadas dessa vítima, que não sabia do fato”, revelou o delegado Linhares.