Polícia Federal aponta associação criminosa de militares para tráfico em aviões da FAB

Polícia Federal aponta associação criminosa de militares para tráfico em aviões da FAB

Investigação revela ainda que mensagens foram apagadas para impedir a identificação de outros envolvidos no esquema

R7

Polícia Federal investiga tráfico de drogas com aviões da FAB

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Em um relatório enviado à Justiça, a Polícia Federal aponta que dois militares da Força Aérea Brasileira (FAB) se associaram a um traficante de drogas para transportar drogas por meio de aviões da corporação. A investigação teve início após a prisão do sargento Manoel Silva Rodrigues, preso em flagrante no Aeroporto de Sevilha, na Espanha, por transportar 37 quilos de cocaína em uma aeronave presidencial.

De acordo com o documento, o esquema é antigo e diversas viagens oficiais da FAB foram usadas para transportar droga. A droga apreendida com o sargento Manoel foi avaliada em R$ 6,4 milhões. Na ocasião, ele fazia parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro que seguia para o Japão, onde ocorreria uma reunião do G20.

De acordo com fontes ligadas à investigação, ouvidas pelo R7, as diligências apontam que os criminosos se aproveitavam da falta de fiscalização dos voos oficiais para fazer o tráfico dos entorpecentes. Manoel segue preso na Espanha, onde foi condenado a seis anos de prisão. Ele também contaria com ajuda da esposa, Wilkelane Nonato Rodrigues, e enviava a ela mensagens durante as viagens para informar sobre o sucesso da empreitada.

O sargento Manoel teria realizado o transporte de drogas em pelo menos sete ocasiões, sendo que em duas foram em viagens internacionais. A investigação também relata a participação do sargento Jorge Luís da Cruz Silva, que seria responsável por recrutar militares para integrarem ao esquema.

As diligências ainda revelam que mensagens e outras provas foram apagadas, a fim de prejudicar a identificação de outros envolvidos. A Justiça Militar brasileira também condenou Manoel, mas ele cumpre pena em solo espanhol.


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