Polícia Federal faz operação contra fraudes ao programa Auxílio Emergencial

Polícia Federal faz operação contra fraudes ao programa Auxílio Emergencial

No Rio Grande do Sul, a ação ocorreu em São Leopoldo, na região do Vale do Rio dos Sinos

Correio do Povo

Há estimativa de que foram movimentados mais de R$ 50 milhões, com mais de 10 mil contas fraudadas

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira a operação Apateones com o objetivo de desarticular uma organização criminosa espalhada pelo país e voltada a fraudes ao programa Auxílio Emergencial. A ação ocorreu em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rondônia, além do Distrito Federal. No Rio Grande do Sul, o trabalho policial aconteceu em São Leopoldo, na região do Vale do Rio dos Sinos.

Há estimativa de que foram movimentados valores que ultrapassam os R$ 50 milhões, com mais de 10 mil contas fraudadas. Cerca de 200 policiais federais cumpriram 47 mandados de busca e outros dois mandados de prisão preventiva, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas, em São Paulo. Houve ainda o bloqueio de bens e valores encontrados em nome de 37 investigados pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa, cujas penas somadas ultrapassam 22 anos de reclusão.

A investigação começou em agosto de 2020, com base em informação encaminhada pela Caixa Econômica Federal à Polícia Federal em Brasília, com dados sobre 91 benefícios de Auxílio Emergencial fraudados, no valor total de R$ 54,6 mil e desviados para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica em Indaiatuba, em São Paulo.

O trabalho investigativo da Polícia Federal em Campinas revelou milhares de outras fraudes. O rastreamento inicial das transações indicou que parte dos envolvidos nestas fraudes estavam situados em Goiás e Rondônia, sendo este último lugar de residência de familiares da pessoa física residente em Indaiatuba. Em uma segunda fase da apuração, os agentes verificaram que os beneficiários em questão receberam valores provenientes de cerca de 360 contas do Auxílio Emergencial fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias.

A operação é resultado de uma união de esforços denominada Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial, da qual participam a Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, CAIXA, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União. O objetivo da atuação interinstitucional conjunta é a identificação sistemática de fraudes massivas e a desarticulação de organizações criminosas, com a responsabilização de seus integrantes e a recuperação de valores para o erário.


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