Polícia gaúcha investiga suspeitos de exploração sexual infantil nos estados do Pará e Piauí
Vítimas são criança e adolescente moradores de Guaíba, na região Metropolitana
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Uma ação conjunta entre policiais civis do Rio Grande do Sul, Piauí e Pará tem como alvo dois homens, investigados por abuso e exploração sexual infantil. Denominada de Operação Amanhecer, a ação, deflagrada nesta quarta-feira, englobou três mandados de busca e apreensão, todos ocorridos nos dois estados do Norte e Nordeste — nas cidades de Tucuruí e Parnaíba, respectivamente — onde, através das redes sociais, os suspeitos teriam cometido crimes contra uma criança e um adolescente, em Guaíba, na região Metropolitana.
De acordo com a delegada Karoline Calegari, titular da DP de Guaíba, as vítimas são um menina, de 10 anos, e um menino, de 14. Os investigados, segundo ela, não têm relação entre si, mas agem de forma semelhante.
Ainda segundo Karoline, o modus operandi dos criminosos consistia, em um primeiro momento, em criar laços de amizade com as vítimas. Após, os homens enviavam, e também solicitavam, materiais de conteúdo erótico. "Esses homens estudam os alvos e quais são os assuntos de interesse deles, com a intenção de demonstrarem interesse. Estabelecido esse vínculo, em seguida, eles enviam fotos e vídeos pornográficos para as vitimas, pedindo depois para que elas também produzam conteúdos semelhantes", destacou.
A delegada explica também que, uma vez que as vítimas se recusavam a continuar mantendo conversas com os abusadores, iniciava-se outra etapa dos crimes, envolvendo chantagens e ameaças. "Quando as crianças queriam interromper o contato, eles começavam a fazer ameaças, dizendo que enviariam fotos delas para outras pessoas. Além disso, também faziam chantagens emocionais, dizendo que as vítimas seriam abandonadas e ficariam sozinhas. Infelizmente, elas acabavam cedendo", declarou Karoline.
Durante as buscas, foram apreendidos notebooks, HDs e celulares. Os equipamentos, até o momento desta publicação, ainda não haviam sido periciados.
"Um dos investigados chegou a admitir que tinha materiais de pornografia infantil e os repassava, em um grupo contendo mais de 150 pessoas. Acredito que, assim que as apreensão forem analisadas, ambos os suspeitos vai ter a prisão preventiva decretada", disse a titular da DP de Guaíba.