Polícia gaúcha julga delegado que criou narrativa sobre ritual satânico em morte de crianças

Polícia gaúcha julga delegado que criou narrativa sobre ritual satânico em morte de crianças

Delegado Moacir Fermino já foi condenado em primeiro grau pela Justiça, em 2020

Marcel Horowitz

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O delegado Moacir Fermino será julgado, a partir das 14h desta terça-feira, pelo Conselho Superior da Polícia Civil, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre . O delegado é apontado como autor de uma narrativa sobre rituais satânicos, criada supostamente para desvendar a morte de duas crianças em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. 

Na época dos fatos, em 2017, o policial apontou que empresários teriam encomendado o sacrifício das vítimas, como parte de um rito demoníaco. Ainda naquele ano, cinco pessoas chegaram a ser presas pelo crime, mas a própria corporação acabou reconhecendo que as apurações foram uma farsa, esquematizada pelo delegado em busca de notoriedade. 

As vítimas, um menino e uma menina, nunca foram identificados, mesmo após a localização dos corpos. Segundo o Instituto-Geral de Perícias (IGP), ambos foram esquartejados e decapitados.

A autoria do crime nunca foi descoberta e o caso, acabou sendo arquivado.

Fermino foi condenado em primeiro grau pela Justiça, em 2020, por corrupção ativa de testemunha e falsidade ideológica. Ele responde em liberdade, apesar de ter sido condenado a seis anos de reclusão. 
 

Se condenado pelo Conselho da Polícia Civil, ele pode perder a aposentaria que ainda recebe, mesmo após ter sido afastado da corporação. 


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