Polícia gaúcha pede que população denuncie foragido que torturou companheira e enteado em Taquara

Polícia gaúcha pede que população denuncie foragido que torturou companheira e enteado em Taquara

Denerson Antonio Tomé Lourenço é procurado desde o dia 27 de agosto, quando vítimas conseguiram fugir e pedir socorro

Marcel Horowitz

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A Polícia Civil divulgou, nesta segunda-feira, novas imagens do foragido Denerson Antonio Tomé Lourenço, de 42 anos, apontado por torturar a esposa, de 29, e o enteado, de 7, no bairro Empresa, em Taquara, no Vale do Paranhana. O criminoso é procurado desde o dia 27 de agosto, quando a mulher e o filho conseguiram fugir, para Novo Hamburgo. Na ocasião, as vítimas foram localizadas por funcionárias de uma escola e levadas até a Brigada Militar, onde denunciaram os maus tratos. 

No boletim da ocorrência, a mulher relata que o ex-companheiro não a deixava sair de casa sem pedir permissão. No registro, entre as torturas descrevidas, a vítima conta que o homem apagava cigarros nos braços dela e que um dia chegou a ter dentes arrancados com um alicate, pois ele a achou 'sorridente demais'. 

No relato também consta que ela e Denerson se conheceram através do Facebook. As torturas teriam começado após ele se mudar para a casa dela, onde instalou câmeras de segurança para monitorar a rotina dos moradores.  

Segundo o delegado Valeriano Garcia Neto, titular da Delegacia de Polícia de Taquara, mãe e filho foram mantidos em cárcere privado, por quase um ano. Durante o período, ambos foram vítimas de estupro, choques, espancamentos e tentativas de afogamento. "Em 13 anos de polícia, nunca vi algo com tamanha brutalidade", declarou. 

Ainda conforme Garcia, no imóvel onde as vítimas moravam com o criminoso, foram apreendidos materiais e instrumentos de tortura, como fios para choques elétricos e cabos de vassoura, utilizados para espancar e estuprar as duas vítimas. "O menino está com bolsa de colostomia, por conta da gravidade das lesões no ânus e reto, causadas pelas sessões de tortura a que era submetido", contou o delegado. 

A Polícia Civil pede que denúncias sejam feitas através dos telefones 190 e (51) 984433481, sob sigilo garantido.


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