person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Polícia identifica dupla que atirou artefato explosivo contra ambulância do Samu em Porto Alegre

Homens confessaram crime em depoimento e foram liberados nesta quarta-feira

Homens confessaram crime em depoimento e foram liberados nesta quarta-feira | Foto: Ricardo Giusti

A Polícia Civil identificou e localizou nesta quarta-feira os dois suspeitos de atirar um artefato explosivo contra uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na segunda-feira, quando dois funcionários sofreram lesões leves. Com longa ficha criminal por receptação, furto, porte ilegal de arma, violência doméstica, lesões corporais, desacato, tráfico de drogas, entre outros, a dupla acabou detida na zona Leste e encaminhada à 11ª DP, onde prestou depoimento e confessou o crime. O Corsa Sedan preto usado durante a ação foi encontrado na casa de um dos homens levado à delegacia. Como não houve flagrante, eles foram ouvidos e liberados.

De acordo com o titular da 11ª DP, delegado André Mocciaro, ambos vão responder inquérito em liberdade pelo crime de explosão, previsto no artigo 251 do Código Penal, que prevê reclusão de um a quatro anos. Mocciaro explicou que se o Departamento Médico-Legal (DML) confirmar a materialidade do crime e potencialidade lesiva do artefato, eles devem ser enquadrados por lesão corporal.

"Por enquanto caso está sendo tratado como explosão, exposição a perigo, à integridade física de outra pessoa", observou. Conforme Mocciaro, a investigação da Polícia Civil identificou por imagens a ação dos dois homens, que têm 30 e 31 anos de idade. "Jovens com quase o Código Penal inteiro de antecedentes criminais lançaram bomba na ambulância do Samu e agora terão que aguentar o rojão penal”.

Por meio das imagens de câmeras espalhadas pela cidade, a Polícia Civil observou o trajeto realizado pelo veículo - que está com documentação em dia -, desde a avenida Alberto Bins, no Centro Histórico, até a avenida Ipiranga, onde ocorreu o ataque à ambulância do Samu. De acordo com Mocciaro, em depoimento eles confessaram soltar rojões pela cidade "por diversão". Naquele dia, a dupla garante ter espalhado ao menos cinco rojões em pontos diferentes da Capital.

"É uma coisa absolutamente perigosa uma bomba desse calibre, pois pode causar ferimento muito grave", frisou. Segundo a PC, os homens compraram os artefatos em uma loja, onde é possível adquirir uma caixa por R$ 10. "Agora eles vão ter que aguentar o rojão penal", destacou Mocciaro. "Um deles já foi preso por porte ilegal de armas e tráfico. Não são iniciantes no mundo do crime", completa.

Além dos ataques ao Samu, eles também admitiram outra ação com artefato explosivo próximo à sede da 11ªDP, na semana passada. Em depoimento, conforme Mocciaro, alegaram querer lembrar os tempos de infância. "Eles colaboraram com a investigação e nos levaram onde compraram (o material). Confirmamos pelas imagens do local que eles foram lá efetivamente para comprar", destacou, descartando qualquer outra motivação para o crime.

No final do ano passado, o governo do Estado publicou lei regulamentando os fogos de artifício. "A lei se baseia na poluição sonora. Dependendo do resultado da perícia em confronto com essa a lei, a gente pode reenquadrar o caso", completou.

Felipe Samuel