Polícia indicia guarda municipal por homicídio em Porto Alegre

Polícia indicia guarda municipal por homicídio em Porto Alegre

Outros dois agentes foram denunciados por fraude processual por omissão na cena do crime

Eduardo Paganella / Rádio Guaíba

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A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava um agente da guarda municipal de Porto Alegre envolvido no assassinato de um homem de 30 anos, no bairro Campo Novo, na zona Sul da Capital. O documento foi encaminhado ao Judiciário no último dia 9 de janeiro.  

De acordo com o titular da 4ª Delegacia de Polícia, delegado Eibert Moreira Neto, o guarda foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe. Outros dois agentes da Guarda Municipal também foram indiciados por fraude processual, pois teriam se omitido na cena do crime antes da chegada da Brigada Militar (BM).  

“Ele tentou alegar legítima defesa, mas isso ficou completamente descartado. Então, ele foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe. Acabei indiciando dois guardas municipais que exerciam a chefia de efetivo naquela noite, pelo crime de fraude processual. As testemunhas relataram que um celular que a vítima usava para gravar a discussão sumiu da cena do crime, talvez por omissão da Guarda Municipal em preservar o local. Eles responderão por fraude processual e omissão de cena do crime”, explicou o delegado.

Um dos agentes indiciados era o chefe de uma equipe que atuava na base da Guarda Municipal no momento do crime. O outro atuava como responsável pela equipe que estava na rua. Este último esteve, inclusive, no local do crime. A Guarda Municipal de Porto Alegre informou que não vai se manifestar enquanto não receber a documentação da Polícia sobre o caso.

O caso

Conforme a Polícia Civil, Bruno Saraiva Salgado e o guarda municipal já haviam discutido em outras oportunidades. Diante disso, Salgado gravava as ameaças que sofria do guarda no celular. No entanto, no dia 8 de dezembro do ano passado, depois de uma discussão, o guarda voltou para sua casa, pegou uma arma e encontrou novamente Salgado, matando a vítima. O cão da vítima também foi morto.

Testemunhas relataram que o autor do crime fugiu e outros dois guardas municipais foram até o local. Um celular que teria sido utilizado pela vítima para gravar a confusão desapareceu pouco antes da chegada dos policiais militares e civis.

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