Polícia indicia homem por morte de militar em Porto Alegre

Polícia indicia homem por morte de militar em Porto Alegre

Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, fraude processual e destruição de cadáver

Felipe Samuel

Conforme a Polícia Civil, o suspeito atraiu a vítima para uma emboscada

publicidade

Um mês após o assassinato do sargento do Exército Thalys Gonçalves Rocha, de 23 anos, encontrado em 14 de julho dentro de um carro incendiado na estrada Francisca de Oliveira Vieira, no bairro Belém Novo, na zona Sul da Capital, a Polícia Civil indiciou um homem por três crimes: homicídio duplamente qualificado, fraude processual e destruição de cadáver. A prisão do suspeito, que não teve a identidade revelada, ocorreu em flagrante, na casa dele, na estrada do Barro Vermelho, no bairro Restinga. Ele apresentava queimaduras nas mãos que sofreu ao atear fogo no automóvel.

De acordo com o titular da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ª DPHPP), delegado Marcus Viafora, o suspeito conhecia Rocha, que atuava no 8º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado do Exército Brasileiro, e não aceitava o relacionamento do militar com a sua ex-namorada. O casal havia rompido a relação há seis meses. As investigações apontam que o homem teria atraído Rocha para uma emboscada em sua casa. “Ele sabia do envolvimento do Thalys e da ex-mulher, mas nunca se conformou com essa relação”, afirmou.

Viafora afirmou que o suspeito confessou o crime. “Em nenhum momento ele se declarou arrependido. Foi um crime passional”, destacou. “O autor do crime afirmou que teria efetuado de dois a três disparos com um revólver calibre 32. A perícia talvez consiga constatar quantos tiros foram dados, porque o corpo queimou muito”, ressaltou. A investigação apura ainda se outra pessoa participou do homicídio ou da ocultação do cadáver. As provas coletadas estão sob análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP). “A perícia encontrou presença de sangue humano no local onde ele efetuou os disparos”, pontuou.

Segundo Viafora, após cometer o crime, o suspeito colocou a vítima no banco traseiro de um Ford Fiesta e se deslocou até a estrada Francisca de Oliveira Vieira, no bairro Belém Novo. No local, ateou fogo no veículo. O suspeito foi encontrado com as mãos queimadas. “A causa da morte do militar será conhecida somente com os laudos periciais”, frisou. A namorada do militar informou a existência de desavenças com o ex-companheiro, que já teria ameaçado a vítima. 

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895