Polícia investiga ao menos seis possíveis estupros cometidos por anestesista preso no RJ

Polícia investiga ao menos seis possíveis estupros cometidos por anestesista preso no RJ

Giovanni Quintella Bezerra foi preso após ser filmado estuprando uma mulher em trabalho de parto na Baixada Fluminense

R7

Anestesista foi preso em flagrante em hospital

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A Deam (Delegacia Especializadas de Atendimento à  Mulher) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, investiga ao menos seis possíveis casos de estupro cometidos pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso no último domingo (10), após ser flagrado abusando sexualmente de uma paciente durante um parto no Hospital da Mulher do município.

Nesta terça-feira (12), mulheres que foram atendidas pelo médico prestaram depoimento à polícia, como também duas médicas e três enfermeiras do hospital onde o crime ocorreu.

As enfermeiras relataram ter suspeitado da conduta de Giovanni e se aproximado dele para evitar que abusos ocorressem durante cirurgias, de acordo com informações obtidas pela Record TV Rio junto à delegada Bárbara Lomba.

As profissionais teriam questionado o anestesista em razão da excessiva quantidade de sedativos utilizada por eles nos procedimentos, o que teria feito elas serem intimidadas pelo médico.

No final desta tarde, Giovanni teve sua prisão em flagrante convertida para preventiva em audiência de custódia. A Justiça determinou, também, a sua transferência para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, em Gericinó, na zona oeste do Rio.

Entre as possíveis vítimas do anestesista, que participou de três partos no último domingo, está uma jovem de 23 anos grávida de gêmeos que declarou ter acordado "suja" após passar por uma cirurgia de cesárea com o médico. Ao menos duas mulheres disseram ter sido dopadas pelo anestesista durante os procedimentos.

Além do crime de estupro de vulnerável, assim tipificado em razão da vítima estar inconsciente durante o ato, de acordo com a polícia, Giovanni também é investigado por prática de violência obstétrica, devido ao possível excesso no uso sedativos. A medicação utilizada na primeira vítima conhecida foi recolhida para ser analisada pelos agentes.

A polícia também irá apurar pedaços de gaze recolhidos da lixeira do quarto onde o estupro ocorreu, que teriam sido utilizadas pelo médico para limpar a mulher após o crime e podem conter material genético.


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