Polícia investiga duas hipóteses para a execução do traficante Colete

Polícia investiga duas hipóteses para a execução do traficante Colete

Uma das hipóteses é de que ele tenha sido eliminado pelo bando que expulsou da Vila Maria da Conceição

Correio do Povo

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A Polícia Civil investiga duas hipóteses para a execução do traficante conhecido como Colete, de 39 anos, ocorrida após o meio-dia de quarta-feira na casa de familiares na rua Barão do Amazonas, na vila Maria da Conceição, em Porto Alegre, onde exercia a liderança do narcotráfico na região. O assassinato é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DPHPP) Segundo o delegado Rodrigo Reis, o criminoso pode ter sido baleado e morto por alguma facção rival que invadiu a área ou integrantes de sua própria organização em decorrência de uma desavença ou disputa de poder interna. O traficante levou cerca de dez tiros e encontrava-se em liberdade condicional.

Com extensa ficha de antecedentes criminais, como homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, Colete também acumulou inimizades. Morto com cerca de dez tiros, o criminoso, de 39 anos, havia sido posto em liberdade condicional. O delegado Rodrigo Reis lembrou que o traficante vinha sendo investigado por homicídios cometidos desde 2015 e “tinha uma rivalidade muito forte dentro da vila com uma quadrilha, depois de ter tomado conta do local”. Por isso, observou, uma das hipóteses é de que ele tenha sido eliminado pelo bando que expulsou. Outras linhas de investigação também estão sendo apuradas pela equipe da 1ª DPHPP.

Em consequência do clima tenso que instaurou-se na vila Maria da Conceição, inclusive com relatos de ameaças e tiros na região, a Empresa Pública de Transporte e Circulação informou que três linhas de ônibus deixaram de circular na área e uma quarta estava sendo desviada na quarta-feira. Ao amanhecer de quinta-feira, as linhas de ônibus 255, Caldre Fião; 256, Intendente Azevedo e 257, Paulino Azurenha/Azenha/Cascatinha voltaram a operam normalmente. A linha T2A, que alterou o itinerário, também retornou à normalidade.

Logo depois da notícia da morte de Colete, os policiais militares do 19º Batalhão de Polícia Militar realizaram buscas na região e mantiveram o monitoramento da situação na região. Já o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil avaliava se a morte da liderança do tráfico de drogas na vila Maria da Conceição. “ Pode representar o fim de uma era ou o início de um novo ciclo”, afirmou o delegado Mário Souza, observando que é muito prematuro saber o que acontecerá a partir de agora.

Em junho de 2016, três seguranças do traficante foram presos após confronto com policiais militares na avenida Érico Veríssimo, quase no cruzamento com a avenida Ipiranga. O trio estavam em um Fiat Palio. Houve a apreensão de armamento. Outro cinco cúmplices foram detidos em um Hyundai i30 nas imediações da avenida Praia de Belas. O grupo estaria atuando na “proteção” de Colete que havia comparecido para uma audiência judicial no Foro Central.

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