Polícia investiga morte de menina de dois anos em Santa Vitória do Palmar

Polícia investiga morte de menina de dois anos em Santa Vitória do Palmar

Laudo médico confirmou que a criança foi vítima de traumatismo craniano e hemorragia cerebral; mãe e padrasto foram presos

Angélica Barcellos

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A polícia está investigando a morte da menina de dois anos que chegou sem vida ao hospital Santa Casa de Santa Vitória do Palmar no último domingo. O laudo médico confirmou, nesta terça-feira, que a criança foi vítima de traumatismo craniano e hemorragia cerebral. Ela chegou ao local levada pela mãe, de 26 anos, e o padrasto, de 24. Devido às lesões no corpo da criança, que também tinha hematomas no rosto, o Conselho Tutelar foi chamado e acionou a Polícia Militar, que conduziu o casal até a delegacia da cidade. 

O delegado Marcos Bottin conta que não há registros de denúncias anteriores contra os dois, que moravam na localidade de Arroito. O Conselho Tutelar foi ao local e encontrou a outra filha da mulher, de três anos, trancada em um dos quartos. Em depoimento, a mulher admitiu ter dado uma “chinelada” na menina que faleceu. “Diante das evidências, prendi os dois em flagrante e representei pela preventiva. Ele segue no Presídio de Santa Vitória, e ela na Penitenciária Estadual de Rio Grande”, afirmou Bottin. 

O delegado relata que foi até o hospital e presenciou uma conversa entre a enfermeira que realizava o atendimento e a irmã da vítima. “Ela tinha marcas nas pernas, nas costas e no rosto. A enfermeira perguntou o que ocorria e a criança disse que a mamãe e o titio (o padrasto, no caso) batiam”, conta.  

A menina foi encaminhada para um abrigo em Santa Vitória, e o pai das duas crianças deve ser ouvido nos próximos dias. “Ele disse previamente que não via as duas há algum tempo. A mãe justificou as lesões alegando que a menina que  morreu teria anemia e, por isso, tomava remédio a base de ferro, o que fazia com que ficasse fraca e caísse sozinha”, destaca.

A mãe e o padrasto moram juntos há cinco meses. Os laudos da perícia afastaram a ocorrência de violência sexual nas crianças. “Eles foram presos em flagrante por homicídio qualificado, mas ainda estamos investigando os crimes contra a menina sobrevivente”, finaliza o delegado.


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