Polícia investiga participação de terceira pessoa na morte de professor

Polícia investiga participação de terceira pessoa na morte de professor

Crime ocorreu em Butiá e dois adolescentes foram apreendidos

Hygino Vasconcellos

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A Polícia Civil investiga a participação de mais uma pessoa na morte do professor Régis Coutinho, 38 anos, ocorrida na madrugada da última segunda-feira, em Butiá, na região Carbonífera. O delegado Edimar Machado de Souza recebeu a informação de que este terceiro envolvido seria o mandante do crime, mas até o momento não foi identificado. “Não descartamos nenhuma possibilidade.” A polícia já tinha apreendido, no mesmo dia do crime, dois adolescentes que teriam efetuado os disparos contra o professor.

O delegado explica que deve abrir um novo inquérito para apurar o envolvimento de mais uma pessoa. Isso porque os dois adolescentes estão recolhidos e o prazo para a conclusão do inquérito é de 10 dez dias. Ou seja na próxima quinta-feira. “O procedimento para os menores tem que ser separado”, explica o delegado, que adiantou que já colheu o depoimento de várias pessoas. Segundo Souza, os dois adolescentes devem ser indiciados por homicídio.

Caminhada por Coutinho

No sábado, mais de 150 pessoas participaram de uma caminhada em Butiá, na região Carbonífera, em protesto a morte do professor. A marcha começou em frente da casa da vítima, na rua Comércio e, em seguida, o grupo percorreu ruas e avenidas do Centro da cidade até chegar no local do assassinato, na rua Buarque de Macedo.

No caminho, os manifestantes, que usavam camisetas brancas, passaram pela praça Doutor Roberto Cardoso, onde ocorria o tradicional Carbomoto, evento que reúne motociclistas há 15 anos na cidade. Ao se aproximarem do local, familiares utilizaram o microfone, cedido pela organização do evento, e justificaram a intenção da passeata, que pede justiça pela morte de Coutinho, explica o irmão da vítima, Rafael Coutinho, 34 anos.

Na segunda-feira, às 18h, o grupo fará uma vigília com velas no local do crime, em frente à casa do pároco do município. O grupo também vai solicitar à Prefeitura a interdição de um bar, hoje ponto de encontro de bandidos em pleno centro do município. Coutinho era contador e professor e seu assassinato comoveu toda a cidade, sendo um caso de grande repercussão na região.

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