Polícia investiga se inspetor que matou assaltante trabalhava com família Assis

Polícia investiga se inspetor que matou assaltante trabalhava com família Assis

Delegado afirma que policial não poderia usar aparato estatal para prestar serviço particular

Samuel Vettori/Rádio Guaíba

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A Corregedoria da Polícia Civil instaurou procedimento para apurar se o inspetor que matou um assaltante nessa segunda-feira, na zona Sul de Porto Alegre, era segurança da família do empresário e ex-jogador de futebol Roberto de Assis Moreira. Luiz Édson Gonçalves da Silva foi abordado ao entrar em um veículo do filho do ex-jogador.

Questionado se um policial civil pode prestar serviços privados de segurança, o corregedor, delegado Paulo Grillo, comentou que a interpretação do estatuto da categoria é que vai responder. “É obrigação dele agir como policial durante 24h, ou seja, prestar segurança pública. Na minha interpretação, ele não pode usar o aparato estatal para prestar segurança particular”, afirmou Grillo. O procedimento deve esclarecer se o inspetor usou a arma da polícia para matar e se cumpria expediente, de plantão, no horário do crime.

O inspetor e o coordenador da equipe de segurança do empresário serão ouvidos, mas ainda não há data para os depoimentos. A versão do atirador é que o disparo ocorreu em legítima defesa, durante a reação a um assalto. O inspetor trabalha na 3ª Delegacia de Policia de Pronto Atendimento (DPPA). O expediente prevê 24 horas de trabalho e folga nas outras 72 horas.


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