Polícia investiga se rompimento de dique foi criminoso

A Polícia Civil investiga a possibilidade de que o rompimento do dique que inundou o bairro Sarandi, na zona Norte de Porto Alegre, tenha sido criminoso. Segundo o titular da 22ª Delegacia de Polícia, delegado Omar Abud, após rumores que indicavam esta hipótese, um inquérito será instaurado para descobrir o que causou a ruptura.

"Vamos solicitar um laudo técnico sobre a causa do rompimento. Dependemos deste documento para confirmar ou não que a ruptura foi causada pela ação humana. Caso sejam apresentadas evidências que comprovam que a inundação tenha ocorrido por conta de um acidente, o inquérito será arquivado", explicou Abud nesta segunda-feira em entrevista à Rádio Guaíba.

Abud comentou que não se trata de uma investigação comum, mas afirmou que a obrigação da Polícia Civil é correr atrás dos fatos e tentar comprová-los. "É uma situação que foge um pouco da nossa realidade de uma delegacia de polícia. Quando acontece, temos que esclarecer. O laudo é uma peça importante para a gente estabelecer a existência do crime ou não", reiterou.

O rompimento do dique que represa o rio Gravataí, na madrugada de sábado, atingiu cerca de 700 casas no bairro Sarandi, segundo o secretário de Defesa Civil de Porto Alegre, Ernesto Teixeira. "É a maior tragédia de derramamento de água (em Porto Alegre) depois da grande enchente de 1941", avaliou Teixeira.