Polícia investiga sequestro em shopping de Porto Alegre

Polícia investiga sequestro em shopping de Porto Alegre

Adolescente é suspeito de ter cometido o crime, na semana passada

Cintia Marchi

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Um adolescente é suspeito de ter sequestrado uma mulher no estacionamento do Praia de Belas Shopping, em Porto Alegre. O ato infracional ocorreu na terça-feira da semana passada. Depois de terminar as compras, Vanessa Monteiro se dirigiu até o seu carro, no subsolo do shopping. Ela conta que, quando estava entrando no veículo, foi abordada por um adolescente armado com uma pistola. “Ele pediu que eu dirigisse e ele iria ficar no banco ao lado, me guiando”.

Segundo a vítima, o jovem queria que ela sacasse dinheiro em um banco. “Tentei argumentar de todas as formas que eu não tinha dinheiro para fazer saque. Ele me fez ir até um posto de combustível, na Borges de Medeiros, para abastecer o carro”, descreve. O sequestro terminou depois de uma hora, por volta das 19h, em Esteio. “Durante todo o caminho eu dizia que ele podia levar o carro e tudo o que tinha nele, mas que me deixasse sair”. Na rua Pedro Álvares Cabral, onde foi liberada, Vanessa foi amparada por um morador que contou que era o quarto caso de mulheres que eram deixadas ali. Vanessa registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Esteio.

No dia seguinte, seu advogado entrou em contato com o chefe do setor de segurança do centro comercial. “O que me deixa revoltada é o descaso com que o shopping tratou este assunto. Eu justamente paguei o estacionamento para ter segurança. As pessoas precisam estar cientes de que isto está acontecendo. E se eu estivesse com meu filho?”, questiona.

O Praia de Belas Shopping, por meio da assessoria de imprensa, se manifestou por nota: “Não recebemos nenhum registro desta ocorrência por parte da cliente. O shopping se mantém à disposição para colaborar com as autoridades”.

O carro de Vanessa foi localizado na quinta-feira, na avenida Assis Brasil, zona Norte de Porto Alegre, e dois adolescentes teriam sido flagrados junto ao veículo. O caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia para o Adolescente Infrator (1ª DPAI), do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca).

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