Polícia mantém vigília de cárcere privado em Sapucaia do Sul

Após avançar nas negociações e receber indicações do fim de cárcere privado em Sapucaia do Sul, o subcomandante da Brigada Militar, coronel Silanus Mello, informou pouco depois da meia noite que o homem de 41 anos desistiu de se entregar. Ele mantém a ex-companheira refém desde às 10h30min em Sapucaia do Sul. 

De acordo com o tenente-coronel Paulo Moacyr Stocker, as negociações se deram de forma totalmente pacíficas e o responsável pelo cárcere aceitou conversar com um defensor público sua saída. Toda a estrutura foi estabelecida pela Brigada Militar, com uma ambulância de prontidão para receber a vítima e viaturas preparadas para levar o responsável pelo cárcere à detenção. Após quarenta minutos de conversa, no entanto, o homem informou que permaneceria por mais tempo dentro da casa.

Um bebê de 26 dias, neto do responsável pelo cárcere, também era mantido refém desde a invasão da residência no bairro Vargas. Durante a tarde, contudo, a criança foi entregue para a mãe ilesa. O menino mora na casa dos fundos do terreno.

Conforme Stocker, nas oportunidades que a polícia teve de conversar com a refém, esta se mostrou calma com a situação. "Dentro da casa está muito tranquilo. Não há sinal de violência ou agressão. Nas conversas com ela, demonstrou que o ex-companheiro estava se comportando bem, sem agredir", contou.

"Ele tentava conversar sobre reatar o relacionamento, a relação amorosa de tempos atrás e não conseguiu contatos por telefone ou gritando na área externa, por isso invadiu", detalhou o policial. Stocker também comentou a contribuição do filho do responsável pelo cárcere privado nas negociações. "Ele pediu para o pai repensar a situação, que teria apoio fora para melhorar. Essa conversa direta foi importante, pois estava muito nervoso com essa questão de reatar o relacionamento", avaliou o tenente-coronel.

A área foi totalmente isolada pela BM e várias viaturas foram mobilizadas. O casal estava separado há cerca de uma semana, após um relacionamento de dois anos, e não morava mais junto. A mulher já havia solicitado medida protetiva em função de ameaças do ex-companheiro.


Local está tomado por viaturas da Brigada Militar e do Samu / Foto: Fabiano do Amaral

Com informações de Renato Araújo e Paulo Tavares.