Polícia não descarta latrocínio ou feminicídio em caso de motorista de aplicativo morta em Gravataí

Polícia não descarta latrocínio ou feminicídio em caso de motorista de aplicativo morta em Gravataí

Delegado Eduardo Amaral aguarda o posicionamento oficial das empresas de transporte por aplicativo para saber se ela estava em alguma corrida

Franceli Stefani

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A Polícia Civil começou as oitivas, na manhã desta segunda-feira, com familiares e amigos da cabeleireira e motorista de aplicativo Caroline Nogueira Rodrigues, 36 anos, encontrada morta na noite de sexta-feira em Gravataí, na Região Metropolitana. O corpo da vítima, moradora de Alvorada, estava na localidade conhecida como Barro Vermelho. Sem nenhum documento e apenas com a roupa, só foi identificada no sábado, quando foi notificado o desaparecimento. O caso é tratado como homicídio, porém hipóteses de latrocínio ou feminicídio (se houver fundo passional) não estão descartadas.

O titular da Delegacia de Polícia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Gravataí, delegado Eduardo Amaral, salienta que ainda aguarda o posicionamento oficial das empresas de transporte por aplicativo para saber se ela estava em alguma corrida, no dia do crime. “A Uber já retornou e informou que ela efetivou duas viagens na quinta-feira. Todas encerradas. Aguardamos agora, as demais”, frisa. Ele conta que Caroline também fazia atendimentos por fora da plataforma. A polícia acredita que, provavelmente, no momento em que foi atacada estava praticando essa modalidade. “Pela manhã os familiares foram ouvidos e a amiga, que em princípio, teve o último contato, também é importante para as investigações”. 

“Os depoimentos são importantes,para entender um pouco mais sobre a rotina da vítima e suas relações. Os dados trazidos vão nos ajudar a entender o que ocorreu e a verdadeira motivação do fato”, acrescenta. Amaral pondera que, muitas vezes, a ocorrência não está ligada diretamente com a profissão da vítima. “No caso da Caroline, se for confirmado o homicídio, não há vinculação com a atividade dela, em si. Na verdade, o autor do delito pode ter usado o aplicativo ou a corrida particular, se foi esse meio utilizado, como uma isca para atrair a vítima e praticar o crime”, afirma o delegado.

De acordo com a Polícia Civil, o veículo usado por ela, um Fiat Siena, foi localizado queimado na região de Morungava, zona rural de Gravataí. O responsável pela investigação diz que a família poderá ajudar a esclarecer se ela tinha algum objeto de valor consigo. “O latrocínio não é descartado neste momento. Até porque o veículo foi levado. Com ela, quando foi localizada, não havia nada. As pessoas próximas poderão nos informar se ela portava algum pertence que não foi mais encontrado ou, até mesmo, se queimaram junto para apagar as evidências”, expressa. A vítima não tinha nenhum antecedente criminal. Informações que possam ajudar na elucidação do crime pode ser passado para o telefone 181. O anonimato é garantido.


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