Polícia pede terceira prorrogação para concluir inquérito sobre a morte da mãe de Bernardo

Polícia pede terceira prorrogação para concluir inquérito sobre a morte da mãe de Bernardo

Caso foi reaberto em maio deste ano

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

Primeira investigação concluiu que mãe de Bernardo se suicidou

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A Polícia Civil solicitou mais uma vez a prorrogação de prazo para concluir o inquérito sobre a morte da mãe do menino Bernardo Boldrini. O caso, que havia sido arquivado, foi reaberto em maio. O delegado responsável pelo trabalho sustenta que precisa de mais tempo para apurar as hipóteses sob investigação. Marcelo Flesh explicou que é necessário aguardar o resultado de perícias e ouvir mais pessoas. Em 2010, a Polícia concluiu que Odilaine Uglioni cometeu suicídio.

Mais de 20 diligências em cidades como Taquara, Três Passos, Santa Maria, Santa Rosa e Candiota já foram realizadas. O número de pessoas que vão ser ouvidas ainda é incerto. Os restos mortais de Odilaine foram exumados em agosto e levados até o Instituto Geral de Perícias (IGP) em Porto Alegre. Não há prazo para a conclusão da análise.

Antes da abertura do inquérito, a secretária do então marido de Odilaine, Leandro Boldrini, foi à polícia registrar que não é a autora da carta suicida. Um perito analisou, a pedido do grupo Record, o documento. Marco Baptista concluiu que a letra encontrada é da funcionária Andressa Wagner. A constatação foi um dos motivos para a reabertura do caso.

Caso Bernardo

Bernardo Boldrini, 11 anos, desapareceu em 4 de abril de 2014, em Três Passos, e teve o corpo encontrado na noite do dia 14, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio. Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada.

O pai do menino, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica (apenas Leandro).

A polícia sustenta a tese de que Graciele e Edelvânia executaram o homicídio usando doses do medicamento Midazolan – a madrasta porque entendia que o menino era um “estorvo” para o relacionamento entre ela e Leandro Boldrini, e Edelvânia em troca de dinheiro, para comprar um apartamento. Ainda segundo o inquérito, Boldrini também teve participação na morte fornecendo o medicamento controlado em uma receita assinada por ele, na cor azul. Já Evandro se tornou o quarto réu do caso, pela suspeita de ter ajudado a fazer a cova onde o corpo do menino foi enterrado.

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