Polícia prende homem que destruiu relógio do século 17 no Palácio do Planalto

Polícia prende homem que destruiu relógio do século 17 no Palácio do Planalto

Suspeito foi filmado no prédio durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro e preso em Uberlândia (MG) nesta segunda-feira

R7

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A Polícia Federal prendeu em Uberlândia (MG), nesta segunda-feira, o homem de 30 anos filmado destruindo um relógio do século 17 durante os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. O objeto raro foi produzido na França pelo relojeiro Balthazar Martinot, que trabalhava para a corte francesa.

O relógio foi um presente da França ao então rei dom João 6º e estava no terceiro andar do Palácio do Planalto. Câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem destruiu o objeto. Nas imagens, ele vem caminhando, para, derruba o relógio no chão e revira mesas e cadeiras. Depois, retorna e tenta destruir a câmera de segurança com um extintor de incêndio.

O governo federal pediu a uma relojoaria da Suíça que ajude a recuperar o relógio de Balthazar Martinot. Embora ainda não haja previsão da vinda dos profissionais ao Brasil, a Curadoria dos Palácios Presidenciais, comandada pelo arquiteto e urbanista Rogério Carvalho, já iniciou as tratativas. Apesar disso, Carvalho acredita que, diferente de outras obras vandalizadas, a restauração do relógio será "muito difícil".

Entre as obras destruídas, estão quadros assinados por Di Cavalcanti e Bruno Giorgi, a mesa de trabalho de Juscelino Kubitschek e a escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg. O prejuízo nas sedes dos Três Poderes é estimado em R$ 18,5 milhões.


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