Polícia prende integrante de quadrilha que seria resgatado em Cristal

Polícia prende integrante de quadrilha que seria resgatado em Cristal

Prisão ocorreu no interior de uma fazenda de Amaral Ferrador depois do caso em que morreram duas mulheres e uma criança em barreira policial

Samantha Klein

A Brigada Militar segue as buscas pelos criminosos

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O líder de uma quadrilha de assaltos a banco com o uso de explosivos foi preso em uma fazenda de Amaral Ferrador, metade Sul do Estado. O homem de 44 anos liderava grupo criminoso com base em Lajeado, que teve integrantes mortos quando uma barreira policial foi furada em Cristal, em julho.

Homens da Polícia Federal, Brigada Militar e Polícia Civil cumpriram, na manhã desta quarta-feira, mandado de prisão e de busca e apreensão em investigação que identificou um dos responsáveis pelo ataque a banco em Dom Feliciano, ocorrido na madrugada do dia 6 de julho. O suspeito foi identificado como Ivo Francisco dos Santos Assis, 44 anos. Ele também é investigado pela PF por tentativa de homicídio, por ter disparado contra policiaIs durante a fuga da ação criminosa, e por outros ataques a banco, sendo apontado como habilidoso com explosivos.

Segundo a Polícia Federal, o preso tem histórico criminal por roubo a banco e a carro-forte, receptação, furto, porte de armas e foi condenado a 39 anos de reclusão, sendo um dos principais procurados pelas polícias do estado. Ele estava foragido há oito anos e é apontado pela Polícia Civil como responsável por outros ataques a estabelecimentos bancários no Rio Grande do Sul. Participaram da ação 43 policiais, entre federais, civis e militares do estado.

Cerco e mortes em barreira

A PF estava monitorando a quadrilha desde o início de julho na região Sul do Rio Grande do Sul. Os criminosos vinham utilizando explosivos em ataques a bancos de diversas cidades do interior do Estado. Na noite do dia 16, policiais entraram em confronto com suspeitos em uma barreira montada em Cristal, resultando na morte de duas mulheres e um menino gravemente ferido, que mais tarde foi encaminhado ao hospital de Pronto Socorro, de Porto Alegre. 

Estava em investigação o envolvimento do grupo criminoso por assaltos à Caixa Econômica Federal e a outros bancos. Uma agência do banco Bradesco foi alvo de ataque com explosivos em Dom Feliciano, na mesma região, dias antes. Os bandidos, fortemente armados, explodiram o banco para acessar os caixas eletrônicos. A criança ferida morreu em atendimento no HPS. Já o pai dele, Marcos Luis Berghann, morreu na prisão. 


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