Polícia prende primo como principal suspeito de morte de enfermeira em Alegrete

Polícia prende primo como principal suspeito de morte de enfermeira em Alegrete

Corpo de Priscila Ferreira Leonardi foi encontrado no rio Ibirapuitã

Nádia Martins / Rádio Guaíba

Motivação financeira segue principal linha de investigação

publicidade

A Polícia Civil de Alegrete prendeu, nesta quinta-feira, um homem de 30 anos, suspeito de ter matado a enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, no município da fronteira Oeste. Conforme as investigações, Priscila e o primo sempre se desentendiam porque a enfermeira sabia que ele queria parte da herança do pai dela, já falecido. Filha única, a vítima, de 40 anos, era legalmente a única beneficiária.

A Polícia considera que o primo planejou o sequestro e combinou, com possíveis comparsas, extrair dinheiro dela. Antes de ser morta, Priscila sofreu tortura e espancamento em um cativeiro. A delegada Fernanda Mendonça, responsável pelo inquérito, investiga a participação de outras pessoas nos crimes, incluindo a ocultação de cadáver. 

A enfermeira ficou mais de 20 dias desaparecida. A motivação financeira segue sendo a principal linha de investigação. Nesta quinta, a Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) de Alegrete, prestou apoiou na prisão.

Suspeito de ser o principal autor do assassinato e da ocultação do cadáver, o primo de Priscila e a esposa dele prestaram depoimento, acompanhados de uma advogada. Segundo a Polícia, antes de ser levado ao Presídio Estadual do município, o homem confessou a autoria dos crimes.  

Na casa do suspeito, as equipes cumpriram, além do mandado de prisão temporária, um de busca e apreensão. Ambos foram expedidos pela Justiça com base em informações e provas colhidas até o momento.

Um pescador localizou o corpo da vítima, de 40 anos, às margens rio Ibirapuitã, na sexta-feira passada. Priscila havia sido vista pela última vez em 19 de junho. Moradora desde 2019 em Dublin, na Irlanda, ela veio ao país em férias, em maio, e pretendia retornar em início de julho. O primo, preso nesta quinta, procurou a Polícia, junto de outros familiares, para relatar o desaparecimento. Bombeiros retiraram o corpo da água após uma operação que durou mais de oito horas em razão do difícil acesso.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895