Polícia suspeita que mulheres assassinadas não seriam alvo de execução

Polícia suspeita que mulheres assassinadas não seriam alvo de execução

Mortes ocorreram em casa localizada na zona Sul de Porto Alegre

Correio do Povo

Duas mulheres foram mortas a tiros na noite dessa sexta na zona Sul de Porto Alegre

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A execução de duas mulheres na noite dessa sexta-feira, na zona Sul de Porto Alegre, intriga a Polícia Civil. O crime foi descoberto somente no início desta madrugada de sábado em uma residência, ao lado de um arroio, na avenida Tramandaí, no bairro Ipanema. Com elas, estava também um bebê encontrado vivo. 

A 6ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (6ªDPHPP) vai investigar o crime. Uma das hipóteses é de que o alvo dos atiradores não seria as duas mulheres, mas um outro filho de uma das vítimas. A informação será agora apurada pelos agentes, que buscam imagens de câmeras de monitoramento na região e pretendem saber a motivação do ataque. O bebê já foi entregue pelo Conselho tutelar para familiares.

Intenção de incendiar residência

As vítimas foram identificadas como Sirlei Rodrigues de Freitas, 67 anos, e a filha Lúcia Rodrigues de Freitas, 44 anos. Atingidas por tiros de pistolas, ambas estavam caídas sobre as camas, onde estava um bebê, neta e sobrinha respectivamente das vítimas. Garrafas de álcool foram localizadas no pequeno pátio, indicando a intenção dos assassinos em atear fogo na moradia.

Mobilizados na ocorrência, os policiais militares do 1º BPM isolaram a residência para a perícia do Departamento de Criminalística e posterior recolhimento dos corpos pelo Departamento Médico Legal.  

A residência onde ocorreu as execuções fica distante cerca de 100 metros da avenida Tramandaí. Nele existem apenas seis famílias residindo em toda a sua extensão. Na manhã deste sábado, duas famílias preparavam-se para ir embora em definitivo do local por temor de novos ataques e de que ocorra uma matança.

Uma moradora, que pediu para não ser identificada, contou que um terreno baldio, existente ao lado da casa das vítimas, vinha sendo utilizado como ponto de tráfico de drogas. De acordo com ela, as sucessivas investidas da Brigada Militar no local fizeram com que os traficantes abandonassem a boca de fumo. “As vítimas não tinham nada com isso”, assegurou a vizinha, acrescentando que um outro assassinato ocorreu no mesmo beco há algum tempo. Nas conversas falam até que uma facção criminosa foi a autora do duplo assassinato.

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