Polícia vai indiciar 16 pessoas por morte de jovem em Charqueadas

Polícia vai indiciar 16 pessoas por morte de jovem em Charqueadas

Adolescente de 17 anos foi espancado ao sair de festa

Eduardo Paganella / Rádio Guaíba

Polícia deve responsabilizar 16 por morte de Ronei Faleiro Júnior em Charqueadas

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A Polícia Civil vai indiciar 16 pessoas pela morte do adolescente Ronei Faleiro Júnior, de 17 anos. A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira em entrevista coletiva concedida pelo titular da Delegacia de Polícia de Charqueadas, delegado Rodrigo Reis.

Segundo Reis, das 16 pessoas envolvidas no crime, nove são adultos e outras sete são adolescentes, todos com idades entre 15 e 21 anos. O grupo responderá pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e três tentativas de homicídio.

O delegado considerou que a intervenção do pai de Ronei Faleiro Júnior, Ronei Wilson Jurkfitz, foi fundamental para a sobrevivência do casal de amigos do adolescente. Se Wilson não estivesse no local, os três jovens estariam mortos.
 

Júnior foi morto em 1º de agosto após deixar uma festa no Clube Tiradentes em Charqueadas na região Carbonífera. O evento foi promovido para arrecadar fundos para a formatura do rapaz. Segundo testemunhas, dentro do prédio, um amigo do adolescente foi ameaçado de morte pelos integrantes de um bonde.

Na saída da festa, Júnior ofereceu carona ao amigo e à namorada dele. Conforme o combinado, o pai de Júnior, Ronei Wilson, foi buscar os adolescentes. Ao chegar ao local, por volta das 5h, Ronei Wilson notou que o filho e o casal caminhavam depressa para entrar no carro. 

Já perto do veículo, os quatro foram abordados pelos integrantes de um bonde. Júnior foi atingido por chutes, socos e garrafadas e ainda foi golpeado com cacos de vidro. Ronei Wilson chegou a levar o filho até o Hospital de Charqueadas. Mais tarde, Júnior foi encaminhado para Santo Antônio, em Porto Alegre, mas não sobreviveu a um traumatismo craniano.

Agressões foram festejadas

Segundo a polícia, o relato de testemunhas que estavam no local foi o determinante para a identificação dos envolvidos. “Eles eram conhecidos. Todo mundo sabia quem eram”, observou uma das pessoas que foram ouvidas. Depois do ataque, os suspeitos festejaram as agressões por meio de conversas pelo WhatsApp, sendo narrados com euforia os detalhes das garrafadas, estocadas com cacos de vidros, pontapés, socos e voadoras desferidas contra as vítimas.

Assista ao vídeo da agressão:


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