Policiais civis gaúchos apoiam colegas catarinenses em ação contra grupo neonazista

Policiais civis gaúchos apoiam colegas catarinenses em ação contra grupo neonazista

Houve apreensão de material de cunho nazista e extremista e até prisão em Passo Fundo e Nova Petrópolis

Correio do Povo

Ação ocorreu em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo

publicidade

Policiais civis gaúchos apoiaram os colegas catarinenses em uma ofensiva contra um grupo neonazismo nessa terça-feira. A Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância da Diretoria Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de SC desencadeou uma ação decorrente do aprofundamento das investigações da operação Gun Project, que ocorreu em outubro do ano passado e apurou a fabricação de arma de fogo, com a utilização de impressora 3D, por uma célula neonazista.

No Rio Grande do Sul, os agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Passo Fundo cumpriram na cidade um mandado de busca e apreensão em uma estamparia onde eram produzidas camisetas com símbolos nazistas e supremacistas. Houve o recolhimento de material no local.

Já a equipe da DP de Nova Petrópolis prendeu em flagrante uma mulher por resistência e disparo de arma de fogo. Ela atirou com uma pistola contra os policiais civis que chegavam na residência dela. Duas armas de fogo, munições e itens nazistas foram localizados.

A Polícia Civil de Santa Catarina coordenou um total de 15 mandados de busca e apreensão na ação. Em SC, as ordens judiciais foram cumpridas simultaneamente em Florianópolis, Blumenau, Joinville e Curitibanos. Já em São Paulo, o alvo estava em Praia Grande. No Paraná, a ação ocorreu em Curitiba, Marialva e Maringá, onde um indivíduo foi detido com arma de fogo.

Na operação Gun Project, realizada em outubro do ano passado, os policiais civis catarinenses apuraram que, em encontros presenciais, além de produção de propaganda para fins de divulgação do nazismo, os criminosos realizavam rituais de culto à doutrina hitlerista. Os suspeitos se auto intitulavam inclusive “a nova SS de Santa Catarina”.

O trabalho investigativo começou há oito meses, sendo mapeados os envolvidos e células conexas ao grupo neonazista com ramificações em vários estados. Além de vasto material de cunho nazista e extremista, bem como quatro armas de fogo e munições, telefones celulares e computadores também foram recolhidos.

PARANÁ

Já a Polícia Civil do Paraná investiga um grupo de universitários suspeitos de participarem de grupos de disseminação de ódio, conteúdos nazistas e apologias ao nazismo. Seis mandados de busca foram cumpridos na última segunda-feira, em Foz do Iguaçu. A investigação foi iniciada após postagens realizadas por um dos integrantes do grupo, cujas possíveis conexões na Deep Web estão sendo verificadas.

Foto: PCSC / Divulgação / CP


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895