Policiais do Espírito Santo retornam ao trabalho após acordo com movimento de esposas
Três mil homens das Forças Armadas vão permanecer no Estado
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Segundo o comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues, os três mil homens das Forças Armadas enviados ao estado para garantir a segurança da população durante a crise vão permanecer por mais tempo, atuando de acordo com o cronograma já em execução. De acordo com o comando da PM, os policiais já vinham retornando à rotina nas últimas três semanas. Antes da reunião com as mulheres dos policiais e associações, o comando-geral da corporação contabilizava a normalização dos serviços em 43 cidades capixabas.
Mesmo assim, durante a conversa, o comando aceitou algumas das reivindicações para que o grupo encerrasse os protestos. "A negociação aconteceu sempre. Nossa premissa número um era evitar a utilização do uso progressivo da força. A premissa número dois era resolver essa crise através da conversa, da negociação, do bom senso. Isso tudo foi feito. Ontem, acordamos que não haverá nenhum tipo de perseguição, que a conduta dos policiais será individualizada e que o retorno ao trabalho vai colaborar para a defesa do policial", disse o comandante.
Punições
Segundo Rodrigues, os inquéritos policiais militares e procedimentos administrativos instaurados contra PMs que ficaram sem trabalhar vão ser apurados e transcorrerão normalmente, mas a volta ao trabalho será levada em conta, podendo abrandar eventuais punições. O governo do Espírito Santo também se comprometeu a discutir a retirada das ações contra parentes de policiais.
Além disso, o comandante-geral disse neste sábado à imprensa que vai tentar cancelar o afastamento dos policiais que respondem a processos administrativos para que possam voltar a exercer suas funções durante a apuração. Os PMs transferidos para outras cidades também voltarão a suas unidades de origem.
"Nossa principal preocupação é o retorno da totalidade do policiamento às ruas do estado, que é o que já está acontecendo", acrescentou o comandante, pedindo desculpas à população em nome da corporação. "Estamos de volta, na nossa totalidade, e a população pode voltar a contar com a PM, pois cumpriremos nossa missão."
Durante a reunião na sede do MPT, o secretário de Direitos Humanos, Júlio César Pompeu, disse que as negociações foram dificultadas pelo tempo que durou o bloqueio aos batalhões porque o próprio movimento não chegava a consenso sobre as reivindicações do grupo.