Policial é condenado a 119 anos por participar de chacina em Osasco

Policial é condenado a 119 anos por participar de chacina em Osasco

Ação de grupo de extermínio deixou 17 mortos, em agosto de 2015

Agência Brasil

Ação de grupo de extermínio deixou 17 mortos, em agosto de 2015

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O Conselho de Sentença, formado por quatro homens e três mulheres, condenou o policial militar Victor Cristilder Silva dos Santos, nesta sexta-feira, por participação nas chacinas de Osasco e Barueri, no dia 13 de agosto de 2015. A ação do grupo de extermínio resultou na morte de 17 pessoas. A pena de Cristilder é de 119 anos, 4 meses e 4 dias de prisão em regime inicialmente fechado.

O júri popular foi realizado no Fórum de Osasco e teve início na terça-feira. O policial foi acusado pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública de ter trocado mensagens no celular com um guarda municipal para combinar o inicio e fim do horário da chacina. Além disso, ele dirigiu um dos carros usados no crime e atirou nas vítimas. Cristilder foi acusado de homicídio e tentativa de homicídio contra 16 pessoas, com quatro qualificadoras: motivo torpe, recurso que dificultou a defesa das vítimas, formação de quadrilha e por integrar grupo de extermínio.

Segundo a acusação, o motivo da chacina foi vingança pela morte de um policial militar e de um guarda civil ocorridas na mesma semana. O julgamento foi desmembrado em dois. No primeiro, ocorrido em setembro do ano passado, os sete jurados condenaram os policiais militares Fabrício Emmanuel Eleutério e Thiago Barbosa Henklain, além do guarda civil Sérgio Manhanhã. O policial Fabrício Emmanuel Eleutério foi condenado à pena de 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão. O também policial Thiago Barbosa Henklain recebeu sentença de 247 anos, 7 meses e 10 dias. Já o guarda-civil Sérgio Manhanhã foi condenado a 100 anos e 10 meses. As penas somam mais de 600 anos.

Acusados de atirar nas vítimas, os dois policiais respondiam por todas as mortes e tentativas de assassinato. Já o guarda-civil, segundo a acusação, atuou para desviar viaturas dos locais onde os crimes foram praticados e foi denunciado por 11 mortes. Eles responderam por homicídio qualificado, por motivo torpe, com emprego de recurso que dificulta a defesa das vítimas e praticado por grupo de extermínio, além do crime de formação de quadrilha.

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