Prefeito de Cachoeira do Sul é afastado do cargo após operação contra fraudes em licitações

Prefeito de Cachoeira do Sul é afastado do cargo após operação contra fraudes em licitações

José Otávio Germano é investigado no âmbito da Operação Fandango

Marcel Horowitz

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Polícia Civil e Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) cumpriram, nesta quinta-feira, mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Cachoeira do Sul, nas Secretarias Municipais de Administração e Fazenda, Interior e Transportes, Meio Ambiente e Obras, bem como em residências de agentes públicos, agentes privados e empresários. As diligências também ocorreram em empreendimentos dos investigados no município, onde foram confiscados documentos e equipamentos eletrônicos. 

A buscas integram a Operação Fandango, que apura fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva e a prática de crimes de responsabilidade. Constam como investigados agentes públicos, privados e empresários envolvidos nas licitações e negociações suspeitas.

Conforme o MP, as investigações preliminares apontam que havia um ajuste entre as empresas contratadas e administradores locais, no sentido de receberem parcelas derivadas dessas licitações, valores esses que eram utilizados no custeio de despesas pessoais de administradores

Também foram cumpridos mandados de afastamento das funções de agentes públicos, com proibição de frequentar as dependências do Poder Executivo local, bem como de manter qualquer espécie de contato com os demais suspeitos. Um dos investigados é o prefeito de Cachoeira do Sul, José Otávio Germano (PP), que também foi afastado do cargo. 

Contatado pela reportagem, José Antônio Paganella, advogado do prefeito, afirmou que não havia sido contatado pelo seu cliente, até o momento desta publicação. O espaço permanece aberto para manifestações. 

Em relação aos empresários, foram cumpridos mandados de proibição de exercer direta ou indiretamente qualquer espécie de atividade de natureza econômica ou financeira com o Poder Público. Também houve a suspensão dos contratos firmados com o município.

A operação foi conduzida pela Procuradoria da Função Penal Originária. Também participaram da ação promotores de Justiça vinculados ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRS), servidores e policiais adidos do MPRS, bem como integrantes da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil.


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