Presídio Central de Porto Alegre é proibido de receber detentos

Presídio Central de Porto Alegre é proibido de receber detentos

Decisão acarretou no acúmulo de presos no Palácio da Polícia

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Presídio Central de Porto Alegre é proibido de receber detentos

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Ao menos 26 presos estavam em delegacias até a manhã desta terça-feira em Porto Alegre e região Metropolitana. Segundo o titular da Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre, delegado Cleber Ferreira, houve um acúmulo nas salas de contenção do Palácio da Polícia depois que a Justiça proibiu o encaminhamento de mais presos ao Presídio Central. “Vivemos um caos desde domingo para segunda-feira. Recebemos a notícia de que estava interditado, o que acarretou neste problema, já que aqui temos salas de contenção e não há alimento ou possibilidade de banho”, explicou.

De acordo com decisão do juiz da Vara de Execuções Criminais Sidinei Brzusca, está proibido o envio de presos em flagrante para o Presídio Central de Porto Alegre, desde segunda-feira, até que os presos condenados sejam transferidos para outras instituições. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a decisão que proíbe a presença de presos condenados por mais de 24 horas no local existe há 20 anos, mas só está sendo cumprida agora.

Os 26 presos detidos foram encaminhados para presídios da região metropolitana. O local específico não será divulgado, segundo a SSP. De acordo com o delegado Ferreira, houve uma agitação nas selas por conta da falta de alimentação. “A polícia dividiu comida com eles (presos) para que se acalmassem”, enfatizou.

Segundo levantamento feito pelo Presídio Central em março, cerca de 1,5 mil dos atuais 4 mil detentos da instituição devem ser transferidos quando for concluído o Complexo Penitenciário de Canoas. Tratam-se de presos condenados. O local abrigará apenas presos provisórios, ficando com uma capacidade máxima de 2,5 mil apenados.


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