Presídio Central registra maior lotação da história

Presídio Central registra maior lotação da história

Local tem mais de 4,6 mil presidiários para capacidade de 1,8 mil, conforme juiz da Vara de Execuções Penais

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Local tem mais de 4,6 mil presidiários para capacidade de 1,8 mil, conforme juiz da Vara de Execuções Penais

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Com um pavilhão a menos, o Presídio Central de Porto Alegre enfrenta sua maior lotação desde a inauguração em 1959. Os dados são do juiz Sidnei Brzuska, titular da Vara de Execuções Penais de Porto Alegre e Região Metropolitana. Nesta quinta-feira, 4.666 detentos estão na cadeia que é considerada uma das piores do Brasil.

No site da Supertintendência dos Serviços Penitenciários, com números de outubro de 2015, há a informação de 4.291. Ainda assim, os dados confirmam a superlotação do local construído para abrigar 1,8 mil presidiários.

A Penitenciária de Canoas, vista como alternativa para desafogar o sistema carcerário gaúcho, teve o primeiro módulo inaugurado na terça-feira, após ter a previsão para o início das atividades postergado em diversas ocasiões. Nesse setor, 393 presos podem ser abrigados. O projeto prevê um total de 2,8 mil vagas.

Antes mesmo da inauguração, a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) já havia se posicionado contra o perfil dos detentos que serão levados para a Penitenciária de Canoas, dizendo que deveriam ser priorizadas as vagas para criminosos sem passagens anteriores pela Justiça.

Em relato em sua página no Facebook, Brzuska critica a redução do número de policiais nas ruas e a superlotação de presídios no Estado. "As audiências de custódia foram criticadas por serem instrumento para soltura de bandidos. Mas depois que elas passaram a ser feitas, em Porto Alegre, o número de presos aumentou. Nunca se prendeu tanto. E nunca nos sentimos tão inseguros. O problema da segurança é muito complexo para ser resolvido apenas pela via da repressão penal", publicou o juiz.

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