Presa mulher apontada como suspeita de ter baleado jovem em Bento Gonçalves
Jogador de rugby, de 20 anos, segue internado em um hospital da cidade serrana
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A jovem foi localizada em sua casa no bairro Planalto e confessou o crime. Mas, segundo o titular da 2ª Delegacia de Polícia, Álvaro Luís Pacheco Becker, falta alguns elementos para comprovar a autoria. “Não podemos simplesmente aceitar confissão nua e crua. Vamos buscar provas concretas.”
Entre o que falta ser localizado está a carteira de Lucas, que a mulher jogou em um bueiro. “Amanhã (quinta-feira) nossos agentes vão verificar no endereço se encontram o objeto”, observou o delegado.
Também resta localizar a arma utilizada no crime, que a polícia acredita ser um revólver calibre. Durante depoimento na 2ª DP, a jovem disse que tomou a arma emprestada de um traficante, sem ele saber, e a devolveu sem que o homem desse falta. Os policiais cumpriram um mandado na residência do homem, no bairro Eucaliptos, mas não localizaram o armamento. Ele acabou sendo preso por tráfico de drogas.
Mas e a motivação para o crime?
O delegado explica que a mulher trabalhava como garota de programa e “provavelmente teria ocorrido um desacordo comercial”, observou. “A motivação vamos esclarecer melhor. De repente, ela pode ter entrado no carro e tentado assaltar ele. Pode ter dado um desacordo e deu tiro”, observa Becker.
O delegado explica que, inicialmente, trabalha-se com duas linhas de investigação: homicídio tentado e latrocínio (roubo seguido de morte) tentado. A primeira hipótese acabou sendo descartada após a família dar falta da carteira de Lucas.
A polícia também obteve imagens do carro do jogador de rugby circulando pela Alameda Fenavinho, considerado ponto de prostituição na cidade. Entretanto, a gravação não mostra a jovem entrando no automóvel de Lucas, observa o delegado.
Becker explica que a mulher tinha feito um disparo com a arma para o alto, para mostrar poder em relação as outras garotas de programa. Ela foi presa temporariamente e pode ficar em reclusão por 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, caso ocorra indiciamento ou não. O inquérito também tem prazo de conclusão de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias.