Presidente do Tribunal de Justiça assume governo do Amapá após prisão do governador

Presidente do Tribunal de Justiça assume governo do Amapá após prisão do governador

Polícia Federal prendeu 18 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos

Agência Brasil

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O presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (TJ-AP), Dôglas Evangelista Ramos, assumiu o governo do Amapá após o escândalo que afastou o atual governador, Pedro Paulo Dias de Carvalho, preso nesta sexta-feira com mais 17 pessoas. Entre os presos estão o ex-governador Waldez Góis (PDT) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), José Júlio Miranda. Eles são suspeitos de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos.

De acordo com o tribunal, Ramos está reunido com autoridades estaduais para definir como fica o governo do Amapá a partir de agora. O governador em exercício foi o primeiro presidente do TJ-AP.

Com o afastamento do governador, o presidente da Assembleia Legislativa do estado, Jorge Amanájas (PSDB), seria o primeiro na linha sucessória. Mas ele não pôde assumir pois se desincompatibilizou do cargo para disputar a eleição ao governo estadual. Ele é uma das 87 pessoas contra as quais foram expedidos pela Justiça mandados de condução coercitiva para dar explicações à Polícia Federal.

A Operação Mãos Limpas desarticulou uma organização criminosa composta por servidores públicos, agentes políticos e empresários, que desviava recursos públicos do estado do Amapá e da União. Além da PF, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União, o Banco Central e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acompanham a operação.

Neste sábado, às 9h45min, o presidente do TJ-AP e o governador em exercício receberão a imprensa na sala de reuniões da Presidência do tribunal, para uma entrevista coletiva.

Procuradoria-Geral da República

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou hoje, por meio de nota, que acompanha, desde abril, a operação que culminou na prisão de 18 pessoas. As informações foram enviadas à PGR pela Justiça Federal no Amapá porque algumas pessoas envolvidas no esquema têm foro privilegiado.

A PGR afirma que o Ministério Público Federal posicionou-se favoravelmente “à prisão temporária de 18 pessoas, condução coercitiva de mais de 80 pessoas e busca e apreensão de documentos”. A entidade diz também que a prisão temporária de cinco dias “é imprescindível para evitar possível influência ou coerção de testemunhas e destruição de provas”.

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