Presidente municipal do PTB já é réu no processo do Caso Eliseu

Presidente municipal do PTB já é réu no processo do Caso Eliseu

Justiça acolheu pedido do Ministério Público, que incluiu três nomes na lista de acusados

Estêvão Pires/Rádio Guaíba

José Brack é réu no caso Eliseu

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A Justiça de Porto Alegre acolheu, na noite desta sexta-feira, o pedido do Ministério Público. Incluiu mais três réus no processo para investigar a morte de Eliseu Santos: o presidente municipal do PTB, José Carlos Brack, o ex-funcionário da empresa Reação, Jonatan Pompeu Gomes, e o ex-CC do PTB, Cássio Abreu.

O juiz Ângelo Furlanetto Ponzoni, substituto do 1º Juizado da 1ª Vara do Júri, determinou, que a ação referente à corrupção na Pasta da Saúde, que tramitava na 1ª Vara Criminal do Foro Regional do Sarandi, seja juntada ao processo em andamento na Vara do Júri.

Por determinação do Juiz, uma perícia será feita em uma gravação exibida em 2009 pela TV Record, na qual o réu e ex-assessor da Secretaria, Marco Antônio de Souza Bernardes, negociava suposta propina na sede da empresa de vigilância Reação, que mantinha contratos com a Prefeitura.

Ponzoni ainda negou os pedidos de soltura dos réus Eliseu Pompeu Gomes, Fernando Junior Treib Krol e Marcelo Pio Machado.

No início da tarde, a Rádio Guaíba adiantava que o Ministério Público (MP) havia concluído com 11 denunciados a investigação complementar sobre o assassinato. Outras oito pessoas já haviam sido denunciadas pelo MP e transformadas em rés pela Justiça. 

O assassinato

Em abril, o MP teve acesso a uma carta. O documento revelaria que, numa sala ao lado do escritório de Eliseu Santos, Brack teria montado uma espécie de secretaria paralela para desenvolver negócios relacionados ao desvio de dinheiro no partido. O documento, segundo o MP, ainda descreve que Brack "agia de maneira dissimulada" na secretaria e em uma propriedade rural na zona Sul de Porto Alegre.

Para o Ministério Público, Eliseu Santos foi assassinado por divergências quanto a um suposto esquema de propina, comandado pela empresa de vigilância Reação. O ex-secretário, de 63 anos, foi morto a tiros quando entrava em seu veículo após deixar um culto religioso, acompanhado da mulher e da filha, em 26 de fevereiro.

Segundo testemunhas, ele foi abordado por um grupo de criminosos em um Vectra preto. Santos estava armado e trocou tiros com os bandidos. No documento recebido pelo MP, a suposta testemunha relata que o ex-secretário sabia do risco de atentado dias antes do crime.

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