Professora esfaqueada volta à escola Thomazia Montoro: "É muito difícil, mas quero rever todos"

Professora esfaqueada volta à escola Thomazia Montoro: "É muito difícil, mas quero rever todos"

Rita de Cássia Reis disse que está com os ferimentos infeccionados, mas quer acolher os alunos que viveram a tragédia

R7

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Rita de Cássia Reis, uma das professoras agredida pelo aluno de 13 anos que atacou Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona Sul de São Paulo, no dia 27 de março, fez questão de comparecer ao retorno às aulas no colégio na manhã desta segunda-feira (10).

Em entrevista ao Balanço Geral Manhã, Rita disse que ainda está abalada emocionalmente, mas que queria rever os professores e alunos que também presenciaram a tragédia no fim do mês passado.

"Estou com o coração acelerado e com a cabeça a mil. É uma situação inusitada porque nunca passei por isso e espero não passar nunca mais. Está sendo muito difícil, mas espero encontrar amigos e alunos que vão me acolher", disse ela ao repórter Willian Leite. A educadora levou mais de 30 pontos nos braços para fechar os ferimentos feitos pelo estudante com uma faca.

"Ainda estou com ferimentos, que estão infeccionados, e preciso passar no médico ainda hoje. Mesmo assim, quis vir aqui na escola para ver esses acolhimentos e ver os alunos porque a gente acaba ficando com medo de tudo. Penso muito nos alunos, como eles estão e no que está acontecendo. Não sei se é coração de mãe, mas penso muito neles. Agora, é olhar para frente, apesar de ser muito difícil", contou ela.

Além de Rita, outras duas professoras e dois alunos ficaram feridos durante o ataque. A educadora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, foi a mais atingida e não resistiu aos ferimentos.


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