Projeto Monitoramento do Agressor resultou em mais de dez prisões no RS desde junho

Projeto Monitoramento do Agressor resultou em mais de dez prisões no RS desde junho

Iniciativa conta com 59 agressores monitorados

Correio do Povo

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O projeto Monitoramento do Agressor já resultou, desde junho, na prisão de 11 agressores que tentaram descumprir a Medida Protetiva de Urgência (MPU). Todos eles foram detidos quando tentavam se aproximar das vítimas. A iniciativa, que conta com 59 agressores monitorados, é uma das ações desenvolvidas pelo Programa Transversal e Estruturante de Segurança Pública (RS Seguro).

Conforme o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, nenhum dos agressores monitorados por tornozeleira eletrônica conseguiu acesso às vítimas, que portam um celular de emergência que emite sinais de alerta para a BM, no caso de aproximação dos criminosos. "Reforçamos o atendimento às vítimas e fortalecemos o combate à violência doméstica. Combater o feminicídio é um desafio dos órgãos de segurança, pois, muitas vezes, o crime ocorre de forma silenciosa no ambiente familiar. Por meio de ações de planejamento, os casos seguem diminuindo no estado. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, verificamos uma redução de 19% dos casos", destacou.

Para ampliar o alcance do projeto, a Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio do Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI), tem desenvolvido capacitações para as demais regiões do estado. No início de novembro, policiais civis e militares do Vale do Sinos receberam treinamento para iniciar o projeto. Já na próxima segunda-feira, será iniciada a capacitação no Litoral. 

O diretor do DCCI, coronel Alex Sandre Pinheiro Severo, destaca a importância do treinamento para prevenir os casos de violência contra a mulher. “Nosso objetivo, com esse treinamento, é ampliar cada vez mais o alcance dessa ferramenta tecnológica, que tem por objetivo otimizar o processo de controle e prevenção dos atos de violência contra a mulher. Com a ampliação dos treinamentos pelo interior do estado, agentes da Policia Civil e da Brigada Militar estarão capacitados para responder às demandas que o sistema nos alcança, ampliando, cada vez mais, a capacidade do estado de acompanhar e prevenir atos de violência que possam ocorrer contra as mulheres acompanhadas pelo sistema e responder a eles de maneira rápida e eficiente”, afirma.

A expectativa é que as capacitações sejam concluídas até o final de 2024, em todo o território estadual.

Segundo a SSP, o acumulado de feminicídios no estado, de janeiro a outubro, mostra queda. Desde o início do ano, foram registrados 70 crimes por motivo de gênero no RS, 22 a menos do que no mesmo período de 2022, uma queda de 23,9%.


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