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Promotora aguarda laudos do IGP para novas respostas sobre morte de menino em Planalto

Michele Dumke Kufner disse que MP vai confrontar com laudo técnico a tese da defesa de que caso foi um homicídio culposo

O corpo do menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos, foi encontrado no dia 25 de maio em Planalto | Foto: IGP / Divulgação / CP

A promotora de justiça Michele Dumke Kufner, que atua no caso da morte do menino Rafael Mateus Winques, de Planalto, disse nesta sexta-feira em entrevista à Rádio Guaíba que o Ministério Público (MP) aguarda os laudos oficiais do Instituto Geral de Perícias (IGP) para que a investigação elucide a dinâmica dos fatos que terminou na morte de Rafael Mateus Winques, de 11 anos.

“A confirmação só será possível a partir da divulgação dos laudos oficiais do IGP, de toda a perícia que foi feita no local, também no corpo do Rafael. A partir destes laudos, vai poder se concluir se a morte teria acontecido naquele dia 15, na madrugada do dia 14 para o dia 15, ou se foi posterior. A partir disso, a investigação consegue excluir a participação de alguém ou incluir, efetivamente, a participação de alguém. Até ter esses dados, é tudo especulação. Conjecturas que podem ou não se confirmar”, destacou.

Conforme a promotora, a defesa da mãe Alexandra Dougokenski deve trabalhar com a tese de um possível homicídio culposo – quando não há a intenção de morte –, alegando a administração de remédio. Entretanto, o próprio laudo do IGP que aponta que a morte da criança de 11 anos foi por asfixia mecânica deve mostrar a incompatibilidade da hipótese. “As únicas coisas que nós temos como certas no caso são: uma confissão e um corpo. O resto ainda são informações preliminares”, afirmou a promotora.

Apesar das semelhanças do crime em Planalto com o caso da morte do menino Bernardo, ocorrido em 2014 em Três Passos, Michele Dumke Kufner destacou que as informações que a polícia possui, até o momento, dão conta que Rafael Mateus Winques era uma criança educada, querida e reservada. Diferente do caso Bernardo, a polícia não tem relatos de conflitos familiares. “Vamos ver se isso refletia dentro de casa. Se não existia uma situação de violência e conflito dentro de casa que as pessoas não tinham conhecimento”, apontou. 

Desde o dia 16 de maio, um dia após a mãe registrar o desaparecimento da criança, a polícia recolheu depoimentos de familiares e amigos da família do menino de 11 anos. “Todos os depoimentos serão analisados em conjunto. Hoje não se tem delimitado a participação ou a exclusão de uma outra pessoa”, disse a promotora ao apontar que até o mesmo o álibi do padrasto ainda precisa ser confirmado. Segundo informações, o padrasto do menino estaria fora da cidade no dia 15 de maio.

Atualmente, a mãe Alexandra Dougokenski, que confessou ter matado a criança na última segunda-feira, está em prisão temporária por 30 dias, podendo a detenção ser prorrogada pelo mesmo período. Após os 60 dias, a prisão se converte em preventiva ou em liberdade.

Correio do Povo