PSOL quer saber mandante e motivação do assassinato de Marielle

PSOL quer saber mandante e motivação do assassinato de Marielle

Partido vai se reunir para decidir coleta de assinaturas e requer a instalação de CPI para investigar atuação das milícias no Rio de Janeiro

Agência Brasil

"É muito importante para o país saber quem mandou matar Marielle, qual objetivo político e qual a motivação", disse o deputado Marcelo Freixo

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No dia em que dois suspeitos de terem matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes foram presos no Rio de Janeiro, deputados federais do PSOL pediram respostas para a motivação do crime e sobre mandantes, que na próxima quinta-feira completa um ano. A bancada do Partido vai se reunir hoje para decidir a coleta de assinaturas e requer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação das milícias no Rio de Janeiro. São necessárias 171 assinaturas.

"Quem matou Marielle não foi apenas quem apertou o gatilho. Quem matou Marielle foi quem planejou a sua morte, foi quem desejou a sua morte, foi quem contratou, foi quem politicamente desejou eliminar Marielle. É muito importante para o país saber quem mandou matar Marielle, qual objetivo político e qual a motivação", disse o deputado Marcelo Freixo. Além de dividir a legenda com Marielle, com quem trabalhou antes da eleição para a Câmara de Vereadores do RJ, Freixo e ela eram amigos e trabalharam juntos por 10 anos, até ela se eleger vereadora.

Para ele, hoje é um dia importante, mas não comemorar ou sentir "qualquer felicidade". "Não há justificativa para que quase um ano depois, só agora a gente tenha informação de quem executou, mas que bom que essa informação chegou. A gente espera que ela seja acompanhada de provas contundentes e, parece, que elas existem", afirmou. Suspeitos Sobre os acusados, Freixo afirmou que ambos estão envolvidos em crimes anteriores. O deputado afirmou que Marielle pagou com a vida o preço da insegurança e do envolvimento político na segurança pública.

'Não nos cabe apontar para esses mandantes. Não é o nosso papel. Não podemos ser levianos. Cabe a Polícia Civil, em prazo imediato, dar respostas", disse. O deputado elogiou a forma como o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, conduziu o processo ao afirmar estar do lado da Polícia Civil cobrando a elucidação do caso.


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