Quadrilha faz agricultor refém após assalto a bancos em Imigrante

Quadrilha faz agricultor refém após assalto a bancos em Imigrante

Vítima levou três suspeitos até o bairro Scharlau, em São Leopoldo

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Vítima levou três suspeitos em um Fusca até o bairro Scharlau, em São Leopoldo

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Três integrantes da quadrilha que atacou os bancos Banrisul e Bradesco em Imigrante, nessa segunda, conseguiram abandonar a região ao renderem um agricultor em casa, em Boa Vista do Sul, na região Nordeste do Estado. Durante a madrugada desta terça-feira, o homem teve de transportar os criminosos em um Fusca até o bairro Scharlau, em São Leopoldo, no Vale dos Sinos. A informação é do titular da Delegacia de Polícia (DP) de Teutônia, delegado Humberto Roehrig, que responde também pela DP de Imigrante. Já o responsável pelo Comando Regional de Policiamento Ostensivo Vale do Taquari da Brigada Militar (BM), coronel Humberto Teixeira Santos, disse que um dos criminosos pode estar ferido em uma das pernas. O trio estaria com fuzis. O agricultor retornou depois para sua região, onde pediu ajuda em um barreira à BM e à Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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Além dos bancos, a quadrilha assaltou também ao mesmo tempo uma lotérica no final da manhã de segunda-feira. Reféns foram usados como “escudos humanos”. Após a fuga, uma grande operação de buscas foi montada pelo 40º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e 22º BPM, sendo presos três assaltantes e outros dois cúmplices que foram resgatá-los nos matos.

Entre a segunda-feira e hoje foram apreendidos duas espingardas; duas pistolas; dois revólveres levados dos vigilantes; farta munição; carregadores; coletes balísticos; toucas ninjas; radiocomunicadores; celulares; luvas e boa parte do dinheiro roubado dos bancos; além de um Cobalt; um Nissan; um Peugeot e um Meriva.

O suspeito de ser o líder da quadrilha é um assaltante de banco conhecido como Véio, de 45 anos, que teria um câncer diagnosticado recentemente e chegou até a receber o benefício da prisão domiciliar para tratamento da doença. Em fevereiro deste ano, o criminoso foi preso após assalto ao Banco do Brasil em Campestre da Serra.

O roubo foi cometido por ele e seis cúmplices, todos armados com espingardas, rifles, carabinas, pistolas e revólveres. Na ocasião também foram usados reféns como “escudos humanos”. Após a fuga, o bando foi capturado escondido nos matos pela BM. O delegado Humberto Roehrig não descartava que a quadrilha de véio seja a mesma que atacou os mesmos bancos em dezembro de 2014, com características idênticas ao ataque de segunda-feira.

Véio é suspeito também de envolvimento no ataque simultâneo ao Banco do Brasil, Banrisul e Sicredi, em Campestre da Serra, em março de 2013. Ele foi capturado pela primeira vez em 1988, tendo cumprido pena em vários presídios. A família dele reside em Lajeado. Uma das pessoas presas na segunda-feira é a própria cunhada do criminoso. Os agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil apuram agora se Véio tem envolvimento com outros ataques a bancos registrados nos últimos meses.


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