Quadrilha pode ter se dividido para assaltar bancos no Norte do RS

Quadrilha pode ter se dividido para assaltar bancos no Norte do RS

Inquérito sobre ataques deve ser encaminhado à Justiça em uma semana

Maria Eduarda Fortuna / Rádio Guaíba

publicidade

Depois da hipótese levantada pela Polícia Civil de que o bando que assaltou os bancos de Constantina e Sarandi possa ser o mesmo, um novo elemento agregado à investigação sugere que a quadrilha pode ter se dividido para cometer os crimes.

Conforme o delegado Márcio Marodin, o gerente do Banrisul e a esposa, que foram mantidos em cárcere privado por um grupo de quatro pessoas, na noite de domingo, fizeram reconhecimento dos dois presos depois do assalto de Sarandi, mas não identificaram os criminosos. “Uma nova investigação está sendo feita nesse sentido. Não podemos descartar nada, nem mesmo a possibilidade de alguns deles terem auxiliado no crime em Constantina e depois terem realizado o de Sarandi”, explicou.

Porém, a suspeita se mantém de que uma só quadrilha tenha agido nos dois casos em razão da semelhança do modus operandi. Além disso, o fato de todos os carros usados nas ações terem sido roubados na região Metropolitanda de Porto Alegre e de os armamentos utilizados serem parecidos reforça a tese da polícia. Segundo Marodin, ainda não foi possível identificar os dois criminosos que fugiram depois do assalto em Sarandi. Um deles, entretanto, foi gravado sem proteção no rosto por uma câmera de segurança da empresa Semaq, onde uma família foi feita refém, minutos antes de escapar do local. Apesar de a imagem estar com baixa qualidade, já foram encaminhadas fotos do suspeito a outras delegacias.

Câmeras do Banrisul não gravaram ação

A identificação do grupo de Constantina ficou prejudicada porque as câmeras internas do Banrisul não gravaram as imagens. O delegado segue ouvindo testemunhas e realizando diligências e espera a chegada dos laudos da perícia para conclusão do inquérito, que precisa ser encaminhado à Justiça até a próxima quarta-feira, pois há duas pessoas presas em flagrante. Cerca de 30 policiais continuam realizando buscas na região de Sarandi e Passo Fundo.

Agentes foram deslocados a Passo Fundo depois que testemunhas afirmaram que um dos bandidos entrou em contato com uma família do interior, pedindo comida antes de voltar para o mato. Um helicóptero da Brigada Militar, além de cães farejadores, auxiliam nos trabalhos.

Assaltos

Em Sarandi foi atacada agência do Banco do Brasil. O grupo manteve funcionários e clientes reféns e roubou dinheiro dos caixas e terminais de autoatendimento. Pedestres foram usados como escudo humano. Na fuga houve troca de tiros com a polícia e dois PMs foram levados reféns. Um dos dois carros utilizados pela quadrilha capotou e foi abandonado com o dinheiro e as armas. Os criminosos fugiram.

Outra parte da quadrilha – dois homens - invadiu uma fábrica, com três adultos e uma criança reféns. As vítimas foram liberadas e a dupla foi presa. Com eles, foram apreendidos R$ 770 mil, além de um fuzil AK 47, uma submetralhadora, uma espingarda calibre .12 e três pistolas.

Já em Constantina, a quadrilha levou quantia não divulgada em dinheiro do cofre do Banrisul. O grupo invadiu a casa do gerente da instituição financeira na noite anterior. Ele e a esposa foram mantidos em cárcere privado até o horário de abertura da agência. O homem foi amarrado dentro da agência e a mulher foi levada na fuga antes de ser liberada, entre Palmeira das Missões e Boa Vista das Missões.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895