Quadrilha pretendia atacar um banco por dia até 5 de março, diz delegado

Quadrilha pretendia atacar um banco por dia até 5 de março, diz delegado

Grupo foi preso em flagrante na avenida Carlos Gomes, em Porto Alegre

Marco Aurélio Ruas

Quadrilha presa pretendia atacar bancos até 5 de março, diz delegado

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A quadrilha que efetuou 11 arrombamentos de agências do Banco do Brasil em Porto Alegre, somente neste ano, foi presa em flagrante na madrugada desta terça-feira na Capital. Os quatro homens estavam realizando uma ataque a um posto bancário situado na avenida Carlos Gomes, quando foram flagrados pelos delegados Joel Wagner e João Abreu. Titular da Delegacia de Roubos, Wagner disse que se não fosse detido, o grupo possivelmente realizaria um arrombamento por dia até 5 de março. 

"Há um incremento deste tipo de crime nessa época. É um período em que as pessoas recebem o salário e tem maior movimentação financeira”, argumentou o delegado. Wagner contou ainda que o único gaúcho do grupo - os outros três são de Santa Catarina - era responsável por disponibilizar todo material necessário para que os crimes fossem efetuados, desde o carro de fuga até os materiais de arrombamento. “As investigações começaram no início do ano. Na expectativa de que eles atacariam outra agência, montamos uma força-tarefa em que diversas agências estavam sendo monitoradas. Assim conseguimos realizar a prisão em flagrante”, relatou.

O delegado Abreu ainda ressaltou que um Fiat Siena roubado na última sexta-feira estava sendo usado pela quadrilha. Os suspeitos seriam responsáveis, inclusive, pelo arrombamento ocorrido nessa segunda, na agência da avenida 24 de Outubro, no bairro Moinhos de Vento.

Tradição em Joinville

O suspeito gaúcho identificado possui antecedentes criminais por roubo, receptação e tentativa de homicídio. Já os três catarinenses possuem antecedentes relacionados a crimes patrimoniais. Um deles é natural de Joinville, enquanto os outros dois são de cidades da região. Segundo Wagner, Joinville é o ponto de partida de diversos assaltantes de banco. “Em Joinville havia indústrias que produziam caixas eletrônicos. Dessa maneira se fez uma tradição que dura mais de 20 anos. Os equipamentos vão se atualizando e as técnicas dos assaltantes também”, alegou.

O delegado Wagner trocou informações com o Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic) de Santa Catarina para obter mais detalhes sobre os integrantes do grupo. O diretor do Deic, delegado Rodrigo Bozzetto, salienta que o furto qualificado de agências bancárias é um tipo de crime que está assolando o Rio Grande do Sul. “Estamos estreitando os laços com o Deic de Santa Catarina também como forma de obter resultados práticos e eficazes”, disse.

Câmeras de monitoramento flagram ação da quadrilha




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