Quarteis da BM são fechados e cidades do interior ficam sem ronda ostensiva
Esposas de PMs em Cruz Alta bloqueiam saída de viaturas em protesto contra o parcelamento de salários
publicidade
Em Cruz Alta, cerca de 15 esposas de policiais militares bloqueiam a saída de viaturas do local, em protesto pelo parcelamento de salários dos servidores realizado pelo governo estadual. O sargento João Paulo Baraldo, disse que a manifestação, que está associada aos movimentos realizados em outras regiões do Estado também reivindica "melhores condições de trabalho para atender a sociedade, como equipamentos, viaturas e mais policiais militares".
De acordo com o sargento, a cidade está sem policiamento no momento e as viaturas só devem deixar o 16ºBPM em caso de ocorrências de extrema urgência que envolvam risco de vida. O policial militar informou que o serviço deve ser normalizado nesta terça-feira.
Familiares de Policiais Militares lotados no 2º Pelotão Ambiental da Brigada Militar de Sapucaia do Sul, com sede na Avenida Rubem Berta, no Horto Florestal, bloquearam a saída de viaturas em protesto ao parcelamento dos salários. Posicionados em frente ao pelotão com cartazes, cadeiras de praia e cuias de chimarrão, os parentes dos PMs ainda interromperam a circulação de carros de serviço com cordão de isolamento. Esposa de um dos PMs, a dona de casa Elisângela Cortinaz, 36 anos, disse que em 11 anos de casada, teve pela primeira vez a luz cortada em sua residência.
“Ninguém sai daqui com viaturas. Se quiserem que façam o policiamento a pé. O que o Governo está fazendo com nós é uma vergonha. Muitos têm empréstimo e pensão para pagar”, desabafou a dona de casa, salientando que se for necessário, os parentes voltarão a fechar os portões durante a semana. O comando do 33º Batalhão da Polícia Militar de Sapucaia do Sul não quis se manifestar sobre situação.
Diante do anúncio de aquartelamento de policiais militares, o comando da corporação se manifestou em nota. O texto cita a necessidade de “manter as rotinas operacionais”. Na carta, o comandante da corporação, coronel Alfreu Freitas Moreira, pede observação a “questões afetas à razoabilidade, bom senso e tolerância por parte dos Comandos, primando pelo diálogo”.