Quase meio milhão de reais de facção criminosa são apreendidos com argentinos em Porto Alegre

Quase meio milhão de reais de facção criminosa são apreendidos com argentinos em Porto Alegre

Dinheiro seria levado para o Paraguai, onde seria utilizado para comprar drogas e armas

Correio do Povo

Ação dos policiais civis ocorreu no bairro Teresópolis

publicidade

Quase meio milhão de reais foram apreendidos pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil com a deflagração da operação La Plata em Porto Alegre. Dois argentinos foram presos pelas equipes do delegado Gabriel Borges e Guilherme Dill. Eles coordenaram a ação realizada entre o final da tarde e o começo da noite dessa sexta-feira. Houve ainda o recolhimento de seis telefones celulares.

O dinheiro oriundo do tráfico de drogas pertence a facção criminosa do Vale do Rio dos Sinos e seria levado para o Paraguai, onde seria utilizado na compra de drogas e armas. Cerca de R$ 450 mil em moeda nacional, dois mil dólares norte-americanos, 35 mil pesos argentinos, mil pesos uruguaios e 100 mil guaranis estavam escondidos em um compartimento oculto de uma Volkswagen Amarok.

A caminhonete foi localizada pelos agentes em uma oficina mecânica situada no bairro Teresópolis, na zona Sul da Capital. O veículo passava por um processo de desmontagem de peças, sendo avaliado em mais de R$ 200 mil.

A investigação começou há um mês, após atividade de inteligência do órgão policial que apurou a viagem semanal do veículo para o território paraguaio. O valor mensal de remessa ficava em torno de R$ 2 milhões.

Conforme o Denarc, o dinheiro é proveniente da venda de entorpecentes em toda a zona Sul de Porto Alegre, servindo como financiamento para a aquisição de mais drogas e movimentando assim o narcotráfico em grande escala. Chamou a atenção dos policiais civis o fato dos presos serem argentinos, o que indica um esquema internacional.

O delegado Gabriel Borges recordou que, em poucos dias, o Denarc apreendeu mais de R$ 700 mil do crime organizado gaúcho, além de “retirar grande quantidade de drogas e armas de fogo das ruas, reforçando que o trabalho de investigação qualificada permanecerá para combater as organizações criminosas”.

Já o delegado Guilherme Dill reforçou “o compromisso de descapitalizar as organizações criminosas, retirando do seu poder entorpecentes, armas de fogo, bens e, principalmente, grandes valores em espécie”. O trabalho investigativo prossegue para identificar e responsabilizar criminalmente os demais envolvidos.

Foto: PC / Divulgação / CP


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895