Rebelião deixa cinco mortos em presídio do Acre; Estado pede ajuda federal
Motim no Presídio Antônio Amaro Alves, em Rio Branco, durou 24 horas
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Uma rebelião em um presídio em Rio Branco, capital do Acre, deixou cinco mortos. O governo do estado confirmou os óbitos nesta quinta-feira (27). A polícia técnica busca identificar os corpos. Um policial penal e dois presos que ficaram feridos foram encaminhados ao Pronto-Socorro da capital.
O motim teve início na quarta-feira no Presídio Antônio Amaro Alves. Um policial penal e um detento que atua na faxina foram feitos reféns. A negociação durou cerca de 24 horas.
Ainda na quarta-feira, o governador em exercício, Luiz Gonzaga, solicitou ao Ministério da Justiça, a presença da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para reforçar o policiamento e assim realizar a pacificação do presídio.
No documento encaminhado ao ministro Flávio Dino, o governo do Estado pediu o envio de 40 policiais penais para reforçar as ações de segurança e garantir a integridade física dos servidores e detentos da unidade. Um gabinete de crise também foi instalado pelo governo acreano para apresentar medidas e respostas rápidas ao cenário na penitenciária.
“Todo o aparato do sistema de Segurança Pública está empenhado em resolver essa situação e a chegada de mais policiais altamente preparados para lidar com essas ocorrências nos ajudará muito neste momento”, afirmou Gonzaga.
Segundo o governo estadual, 26 presos deflagram a rebelião no momento em que policiais penais inspecionavam um dos pavilhões do presídio. O motim se espalhou e outros presos se rebelaram. “Acredito que tenha sido uma tentativa de fuga. [Os presos] tiveram acesso a algumas armas e tentaram fugir”, informou o coronel Paulo Cézar Gomes da Silva, em entrevista à Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), pouco antes do fim do motim.